quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O NOVELO DO SAMELO




O gato Samelo
Brinca com o novelo
Corre atrás dele num atropelo
Mas vem o ministro
Com um ar sinistro
Sobe o imposto
Para nosso desgosto
E aumenta o novelo
O gato Samelo
Não desiste, insiste
Persegue o novelo
Chega a Justiça
Toda roliça
Bem arreada
Na falsa fachada
E aumenta o novelo
Vida difícil para o Samelo
Eis o jet set
Gente fina e queque
Cheia de azia
Da mamoplastia
E põe o novelo
Do tamanho do Samelo
Que não conhece fermento
Para tanto aumento
Mas eriça o pêlo
E resiste ao flagelo
Cai o empresário
Que era milionário
Agora é insolvente
Com um carro potente
E aumenta o novelo
Fá-lo maior do que o Samelo
E este que é gato, não é camelo
Foge lesto do pesadelo
Chega o asqueroso
Todo vaidoso
Rouba à vontade
Sem piedade
Cresce tanto o novelo
Que vira tortumelo
Corre louco o Samelo
Para salvar a vidinha
Mas na correria parte o vaso à vizinha
Fugiu do novelo
Mas levou com o chinelo
Antes assim, foi por um pêlo.

Sem comentários:

Enviar um comentário