Estava doente. Sabia que era grave mas o contrato a prazo não lhe deu tréguas. Aguentou. Os transportes, os berros do patrão, a má língua dos colegas. E a maquilhagem para esconder. Depois, não aguentou e fingiu gripe. Os outros mais a zurziram. Veio o internamento e dois ou três telefonemas desculpando a ausência mas desejando as rápidas melhoras. Pediu a um colega que lhe desse de comer ao gato mas infelizmente os filhos dele não lhe deixavam tempo livre. Quase todos estiveram presentes no funeral. Sempre tinham justificação para não trabalhar naquela tarde. Linda de Sol.
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