segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É SÓ FESTIVAL


Senhoras e senhores, bem vindos ao tristegésimo festival da canção, o maior certame do panorama artístico nacional. Passamos à apresentação das canções concorrentes, num gentil patrocínio de cintos centrão, os que apertam até à exaustão.


CANÇÃO Nº. 1

Título - E depois do adeus
Letra - josé sócrates
Música - jorge coelho
Orquestração e direcção de orquestra - josé godinho
Intérprete - armando vara


CANÇÃO Nº. 2

Título - Esta brelaitada que te dou
Letra - vitor gaspar
Música - pedro coelho
Orquestração e direcção de orquestra - angela merkel
Intérprete - vitor, gama


CANÇÃO Nº. 3

Título - Sobe sobe, ladrão sobe
Letra (de câmbio) - oliveira e costa
Música (morna) - dias loureiro
Orquestração da bolsa e direcção na reforma - jardim gonçalves
Intérprete - conjunto " Opa no Zé"


CANÇÃO Nº. 4

Título - Mais pareço um bacalhau, maria
Letra - da maria
Música - da maria
Orquestração e direcção de orquestra - da maria
Intérprete - Duo ele e ela


CANÇÃO Nº. 5

Título - Pay back
Letra - e juros a fartar
Música - PIMBA!
Orquestração e direcção de orquestra - durão barroso
Intérprete - josé povo


CANÇÃO Nº. 6

Título - Não vás ao mar toino
Letra - morta
Música - em dó menor
Orquestração e direcção de orquestra - VT Kano
Intérprete - zé policarpo


CANÇÃO Nº. 7

Título - Podes ficar com o carro
Letra - muita
Música - pauliteiros de felgueiras
Orquestração e direcção de orquestra - josé, o seguro
Intérprete - xico chassis


CANÇÃO Nº. 8

Título - vou partir por aquela estrada
Letra - vais ver se é letra
Música - de trás da orelha
Orquestração e direcção de orquestra - com pinta
Intérprete - FDP (Filho da Pauta)


CANÇÃO Nº. 9

Título - Tourada
Letra - nataxa unika
Música - ursula mento
Orquestração e direcção de orquestra - all manha
Intérprete - herr ésse


CANÇÃO Nº. 10

Título - Só nós dois é que sabemos
Letra - cândida monteiro
Música - pinto monteiro
Orquestração e direcção de orquestra - los lobis
Intérprete - coro opção

domingo, 21 de outubro de 2012

CU COFONIAS


Só fazia maldades pelas costas. Estava culigado

Sentia-se apertado, pressionado, empurrado. Era cuação

Gostava de tudo com alho. Até lhe aparecer o cu alho

Passava a vida de rabo para o ar. Era um cu rompido

Pavoneava-se como se fosse uma virgem donzela. Não passava de uma concupina

Quando viu um homem deitado na sua cama, caiu de cu

Um gay careca? É um cualvo

Gostava de estar com os amigos mas aquele era especial. Estava cu berto

Dizia que se dava com todos, que estava sempre bem disposto, que era consensual. Há quem diga que era mais cu sensual 

Mais vale um cu na mão que dois a defecar

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ACELARA, TOINO


Pois é meus amigos, isto da memória não pára de trazer lembranças à ideia. Ainda há bocado fui à garage buscar batatas e lembrei-me do joaninha. Aquilo sim, é que era um carro espaçoso. Cabia lá tudo. Eu mais o meu toino à frente e o nero atrás. Do lado de fora. Ia agarrado à matrícula e de longe até parecia um pneu sobresselente. Fizemos a rodage quando fomos a peidezelo assistir às eleições prá associação recreatiba "Os unidos à pipa ". Por acaso num correu lá munto bem. Logo no começo apanhamos uma camineta da carreira pela frente. O toino a querer puxar pela máquina e a camineta a 25 à hora e a botar fumo por quantas tinha. Nas subidas reduzia para 15 e botaba ainda mais fumo. O toino meteu um cartucho do antonio mafra para desanubiar mas, ás tantas, botou a cabeça de fora e começou a falar pá mãe do motorista. Debe-le ter dado o sono e foi a mãe pó bolante, num sei. Estaba o toino ca cabeça de fora e de repente beio um túnel. Sei dizer cu toino entrou lourinho e saiu preto. Eu ainda le disse cu fazia mais nobo mas ele num me oubiu e pôs-se a dar cabeçadas no belante. Concerteza que foi para acumpanhar o ritmo do antónio mafra. Eu até botei o rádio mais alto pá ajudar. Ao fim de munto tempo o toino lá arranjou uma nesga e passou a camineta. A seguir deu-se-le uma aflição bexigueira e tibemos de parar para ele alibiar águas. Alibiado ficou, mas a  camineta boltou a passar à frente. O toino colou-se à camineta e botou uma mão de fora cum dedo esticado. Só depois é que percebi. Estaba a ber para que lado sopraba o bento antes de ultrapassar. Mal conseguiu deu um berro dos grandes e pôs-se a arrancar os pêlos do bigode. Num sei se foi comichão se foi de ber outra camineta à nossa frente. Desta bez era de mercadorias. O toino num conseguiu passar e foi o resto do caminho a falar de carbalhos. Por acaso ele sempre apreciou munto a natureza. Quando chegámos, já a botação tinha acabado. Os amigos do toino pregaram-lhe a partida e botaram todos nele. Resultado, o toino foi para presidente e até tebe de fazer um discurso de improbiso. Por acaso estebe bem porque boltou ao tema dos carbalhos e toda a gente acumpanhou. No fim  ainda arrotou com as despesas dos comes e bebes sem ter potiscado néstes. À binda correu milhor mas quando chigamos a casa demos fé que nos tinhamos esquecido do estepor do nero. Tibemos de boltar para trás e pumba, apanhámos outra bez as caminetas.
O meu toino ficou presidente muntos e muntos anos. Fartou-se de fazer asneiras para ber se o botabam fora, mas nem assim. Ele há coisas que a gente num percebe nem que as ponham de pernas pró ar, num é ?

Agora ide para dentro ber as notícas, que enquanto eu estibe a falar já debemos ter ficado todos mais pobres.

Recebei beijos sem impostos desta bossa Olímpia.

domingo, 14 de outubro de 2012

VAIS DE CARRINHO


- Aperta mais
- O gajo está a queixar-se, chefe
- Que se lixe, aperta
- O gajo diz que já não pode mais, chefe
- Pode, pode, aperta
- O gajo está a ficar vermelho, chefe
- Deixa lá, aperta
- O gajo pôs a língua de fora, chefe
- Mas afinal onde puseste o cinto?
- No pescoço do gajo, chefe
- És mesmo estúpido
- Então, chefe?
- Eu disse-te para o pores na cintura
- Troikei tudo, chefe
- Agora FMI
- Como, chefe?
- Foge Muito, Imbecil
- Mas fujo como chefe?
- Pede o carro ó assis...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ARRE NIÃO!



- Marca para as 3
- Qual é o assunto, chefe?
- O sexo dos anjos
- Esse foi o da de ontem, chefe
- Pois, mas não ficou esclarecido
- Muito bem, chefe
- E marca outra para amanhã, às 9
- Qual é o assunto, chefe?
- A falta de concorrência nas vendas de areia no deserto
- Bem visto, chefe
- E marca outra para amanhã, às 4
- Qual é o assunto, chefe?
- A importância das dobragens nos filmes porno
- Qual é a importância, chefe?
- Sem dobragens achas que alguém percebe?
- Desculpe que não estava a perceber, chefe
- E marca outra para amanhã, às 6
- Qual é o assunto, chefe?
- A vida e obra do Sr. Dr. Passos Coelho
- Ele também entra em filmes porno?
- Cala-te e marca
- Ó chefe, está aqui um senhor ao telefone
- Que quer ele?
- Quer falar-lhe com urgência
- Tenho a agenda cheia
- Ele está a insisitir, chefe
- Se ele quiser, marca uma para depois de amanhã
- De manhã ou de tarde, chefe?
- De tarde que de manhã temos a das 10
- O homem está a dizer que já não é preciso, chefe
- Porquê?
- Diz que a sua casa já ardeu, chefe
- Nesse caso, desmarca...

domingo, 7 de outubro de 2012

OCAVAC



airam Ó -
- Que foi, níbal?
ohnet euq o ies oãN -
- Será fígado?
oãN -
- Então?
atsoc É -
- Do castelo?
aramâC ad ,oâN -
- Porquê?
oirártnoc oa odut em-iaS -
- E que tem, níbal?
ebecrep méuginN -
- Ó filho, foste sempre assim
ut sátes ál ,airam Ó -
- E até tem uma vantagem
?é lauQ -
- Agora é que as vacas se vão rir...

sábado, 6 de outubro de 2012

ROUBEM-NO


- Ó maria, achas que estou bem?
- Ó níbal, estás um mimo
- E se eles descobrem?
- Com esse disfarce ninguém te topa
- Não te esqueças que me fartei de lhes assapar
- Quando foste Xerife de Nottingham. Já não és
- Mas fui durante muito tempo
- Mais uma razão para agora seres amigo deles
- Ó maria, mas eu só tenho jeito para os roubar
- Ó níbal, para isso é que serve o disfarce
- Mas eu tenho-lhes medo
- Não te aflijas, que reforcei a segurança
- Ó maria, eles olham-me duma forma esquisita
- Ó níbal, vai treinar com o arco para relaxares
- Está bem
- Ó maria, tive um problema
- Ó níbal, que foi agora
- Com o nervoso meti a seta no arco ao contrário
- E então?
- Espetei-a no cú
- Ó níbal, por este andar ainda hás-de ser causa do orgulho gay...

RE......PUTA.......ÇÃO



- Ó........... mor,..........é..........um........ordenado........fora........a........pensão
- Isso é caríssimo. Espero que valhas a pena
- Ó mor.................podes..................começar
- Ai, Ui, Ai, Ui, Ai, Ui. Olha lá, tu não falas?
- Está......bem......Ai.....Ui.....Ai.....Ui.....Ai.....Ui.....Assim.......está..........bem?
- Mais ou menos. Diz-me coisas bonitas                    
- Tu..........és..........o...........melhor..........do.............mundo...........Quero....... que.........me............. dês ..........tudo...........o............que.........tens...........
- Zzzzzzzzzzzz
- Olha.............ador.......meceu...........Ainda.................bem.................Fico-lhe............com............o...........ordenado........e..........ainda..........lhe..........levo..........a...carteira

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ORBUTUO ED 5


- Ó maria, subiu ao contrário
- Ó níbal, és sempre a mesma tristeza
- Ó maria, então porquê?
- Ó níbal, agora que finalmente subiu, tinha de subir ao contrário
- Ó maria, que culpa tenho eu que tenha subido de pernas pó ar
- Ó níbal, ai isso agora tem pernas?
- Ó maria, estou a falar da bandeira
- Ó níbal, qual bandeira?
- Ó maria, a de Portugal
- Ó níbal, então deixa estar que está bem
- Ó maria, então porquê?
- Ó níbal, porque está a condizer com o país.

VIVA A REPÚBLICA!


Comer bem era atributo
Desta alma lusitana
Nada faltava ao conduto
Do bacalhau à chanfana

O povo não estava morto
Fez das tripas coração
Fê-las à moda do Porto
Foi exemplo para a nação

A boa sardinha assada
Pingava em broa de milho
Sempre bem acompanhada
Por um bom tinto ao quartilho

Abençoado o cozido
Mais a gostosa vitela
E o sarrabulho querido
Que a vida faziam bela

Eu jamais esquecerei
Tal devoção pelo prato
A República tinha rei
Sua excelência, o palato

Mas eis que tudo mudou
Com esse hamburguer maldito
Enganado, o povo inchou
Ficou gordo e aflito

E veio a vil tirania
Dietas de dedo em riste
O povo já não comia
Chorava e andava triste

A República emagreceu
Cruelmente sufocada
Pelas mãos de quem lhe deu
Uma mão cheia de nada

E por aí se pavoneiam
Uns doutores de pacotilha
Colhem o que não semeiam
São ladrões de mascarilha

E comem alarvemente
Sem limite, sem medida
Cortam-nos a esperança rente
Comem-nos a própria vida

Mas no ar anda a mudança
Sopram os ventos da luta
Vamos esvaziar a pança
A esses filhos da puta

E vamos nós alimentar
A República com alegria
E voltar a libertar
A plena democracia

VIVA A REPÚBLICA!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AI, O ESTEPOR DAS SAUDADES...


- Ó filha, hoje sinto-me moídinha de saudades. De quem? Do meu toino, de quem habia de ser? Tu tamém? Lá está, num habia quem num gostasse do toino, num é? Só talbez o meu nero. Se calhar num apreciaba as festas cu toino le fazia no focinho. Há quem le chame cerbejas, num sei. Olha, milher, parece que estou a ber o toino no dia em que o conheci. Não, arlete, num foi em santos pousada, foi no baile do são tantoninho do tilheiro. Eu fui mais a cassilda manca e topei-o logo. Estaba encostado ó balcão dos boberes. Debias ber a pinta dele a tirar uma catota e a coçar a birilha ó mesmo tempo. Categoria. Como quem num quer a coisa, chiguei-me e perguntei-le o nome. Ele respondeu-me à 007:
- O meu nome é no, Toi...no.
Foi amor à primeira bista. Fixei o olhar nele e ele fixou o olhar na cassilda. Por causa da bergonha, tadito. Depois, para disfarçar, dançou a noite toda cu ela e até foram os dois embora de braço dado. Mal ela sabia que ele foi botá-la a casa para bir a correr ter comigo. Por acaso acelerou tanto que até se le rebentou o piston. Da meterizada. Por isso num pôde vir. No dia seguinte, o estepor da cassilda pôs-se a dizer que ele até a tinha feito chiar. Debe ter feito debe, a desenroscar-le a perna postiça que ela tem. Quando me biu cu toino, ficou tão rancorosa que até le rogou uma praga. Secede ca seguir o meu toino lembrou-se de ir correr a meia maratona da afurada. Por acaso a última bez que ele tinha corrido tinha sido atrás dum eléctrico, quando eles passabo na batalha. O toino partiu logo em primeiro mas ó fim de 50 metros esticou-se-le o nerbo ciático e nunca mais saiu do sítio. Há quem diga que foi dele ter corrido cus sapatinhos bicudos. Sim filha, os branquinhos mas, ninguém me tira da cabeça que foi a praga da cassilda. Resultado: o toino ficou de cama quinze diinhas sem se poder mixer. Mas olha que, mesmo parado, aquele home era de gabarito. Bê lá tu que começou a orinar deitado. Punha-se de barriguinha pó ar e fazia mira pó pote que estaba no chão. Parecia o menino que botaste no teu jardim a mijar pó lago, só que em esguicho bertical. Ao princípio ainda me molhou um bocadito o tigre do tapete mas cu treino passou a acertar em cheio. Aquilo era tão difícil, que ninguém me tira da ideia ca mija do meu toino merecia ter sido modalidade olímpica.

Agora, filha, bai par dentro que está quase a começar o senhor doutor das finanças. É o melhor que tibemos até hoje para susbtituir a medicação para dormir.