quarta-feira, 30 de maio de 2012

TENDE TINO



Num sou prá ki xamado mas xamei-me pk andam a kortar-me na kasaca. É tininho prá qui, tininho prá ali e inda por cima só à vase de grupes. Primeiros, nunka gamei kaixas de ismolas. Eu levava era a kaixa à minha mãe k está entrevadinha em kasa, pra ela kontrivuir. A koitadinha num se pode mixer desde k levou kum sino na kaveça k eu tinha guardado em cima do guarda vestidos. E tudo pk fiz o favor ao avade de levar o vadalo a konsertar. Do sino, não do avade. Kem os arranjava era o godinho k, num desfazendo, era gajo k percevia de ferro. Só k kom tanto arranjo komeçou a ser vadalado e fundiu-se.
Sempre levei uma vida de travalho e se hoje tenho a minha lojinha de ouro, saiu-me do kavedal. Os outros é k me dão mau nome. Aki à trasado entrou-me o Nando pelo estavelecimento xeio de fios de kobre. Até o poste trazia agarrado. Vinha aos tremelikes e a vavar-se muito. Ainda pensei k fosse kostipação, mas não. Era electrokessão. Devia ter deskonfiado pk ele estava a fugir pó preto do piskoço pra cima, mas pensei k fosse praia. Doutra vez entraram-me dois deskonhecidos e assaltaram-me a loja. Quando foram katados xibaram k tinham comvinado tudo komigo pá trofiar o seguro. Felizmente k toda a gente save ko Neca maluko e o Xóninhas são grandes mentirosos. A seguir veio a Fate, ké conselheira matrimonial, pedir-me que afiamvrasse duas da konkerrência. Komo num sei dizer ke nom, fileia-as à porta do JN a virem de votar anúncios. Foi sempre a aviar. Infelizmente. Levei tantas k até cantei a nossa senhora me dê a mão do marco paulo. Mas ela num deu e eu fikei kom a fé avalada. A fé e dois dentes k trago aki ao dependuro e k eram os que me seguravam a polaka. Mas não perdi tudo. Sempre konsegui andar pelo seguro.

Fikem vem e em silêncio ké de ouro.

Tininho

terça-feira, 29 de maio de 2012

PARECE EM POSSÍVEL!


Isso é que nom! Num posso permitir que sejaindes em rolados nas minhas varvas, salva seja. Agarrei-me toda, invitei ao máximo em terferir, mas tanta mentira foi mais forte. Em felizmente há gente que é capaz de estragar uma prefissão de máximo respeito. Falo das que ando por aqui armadas em conseltoras e vai-se a ver é só em vrulho. Num vos deixaindes em ganar. Isto é gente que tem muita letra, é certo, mas quando põe a voca no tromvone num fala. Num sei se me acumpanhaindes. E tende cuidado cu as fitas; quando elas aparecer com uma cara de quem num parte um prato ficais já a saver que são pelo menos 3 pratos; quando elas disser que têm peito XXL estão a falar do tamanho que uso de calças e quando vierem com o bum bum gostoso, é maduro tinto do lidel. O que essas pantomineiras merece é que vós as em fardais. Para ser consultora é preciso gavarito, requinte e golpe de rins e elas isso num tem. 
Agora, num levaindes a mal, mas vou ter com uns senhores políticos para lhes prestar um serviço em que me especializei e que eles aprecio bastante. Chama-se vlow jovs for de voys. É em glês...

Um veijo sem pressas da Mena

domingo, 27 de maio de 2012

TEORIA DA CRIAÇÃO


O criador criou o criativo
O criativo criou histórias de criar bicho
O bicho criou um calo
Que lhe criou dor calada
E o bicho pressionou o calo
Para ver se criava
Forma de calar o calo
Mas disse o calo: - não me calo
O que criou um grande estalo
E o resultado foi que nem mel
Lixou-se o cão do miguel.

CONTRA ATAQUE!


Só um segundo que estou a fazer o troco a um cliente... Muito vem, chamo-me Fate e não é com y. Venho aqui manifestar a minha em dignação por aceitarem mijonas comá Bete e comá Suse neste espaço de máximo respeito. Conheço-as vem e sei dizer que são dois grandes camafeus que nem agradecer savem a quem les deu o ser. Sim, porque fui eu que les tirei as seiras de cima das latas de tinta no pinhal e les ensinei tudo. Quando as conheci nem contar saviam e agora já conhecem os números de cor, quase até aos setenta. E mais, ensinei-les artes de representação. Antes comiam tremoços enquanto faziam o serviço e até davam alguns aos clientes. No fim. Depois passaram  a colocar as vozes que os clientes até pensavam que elas tinham vindo da ópera. Mas não, vieram foi da serra da agrela.
Secede que eu tinha um jogador da vola que era como um pai para mim, pelo menos chamava-me ò filha e essas migeras avafaram-mo. Ouviram dizer que ele jogava à valiza e agora é ele quem avaliza os créditos que andaram a fazer no vanco. Por isso é que a Bete tirou varriga e a Suse meteu mamas. Eu, porque sou séria, de respeito e máximo sigilio, tive de comprar as minhas nos chineses. E quando o guarda redes não pôde defendê-las mais, armaram-se em lades e viraram-se para os srs. drs. Se elas pensam que me vão rouvar mais freguesia estão vem enganadas porque desta vez estou à coca. Dou um vocado de parduto ao tininho, que é meu amigo por via de uma colega de curso e ele dá-les semelhante enxerto que elas nunca mais precisam de fazer o papa. Nem o nicolau nem nenhum. Agora, se me dão licença, vou ali ter com um dos melhores clientes da nossa praça. É tão vom que até le pusemos a alcunha de columvófilo. Tudo o que é pomva compra.

Um Kiss apertadinho da Fate (faço descontos por quantidade)

sábado, 26 de maio de 2012

AO ATAQUE!


Chamo-me Bete. Com y. Nasci em guifões mas tenho a alcunha de afurada. Derivado ao desgaste perfessional.  A minha sócia Suse, tamvém com y, é de coimvrões mas tem a alcunha de vuraca derivado aos mesmos motivos de desgaste. Somos consultoras que é uma actividade de respeito, mas exigente. Eu mais a minha sócia não vamos em politicas mas estamos de acordo com o sr. dr. primeiro quando ele fala de osteridade. Para nós quanto mais tesos melhor. Tamvém compreendemos quando ele fala de impostos e de receitas porque aumentar e fazer crescer é cu nós. E tamvém acreditamos que as oportunidades criam-se. Por isso especializame-nos no segmento alto. E temos aprendido muito com os nossos clientes. Por exemplo com sr. dr. miguel, homem público e de respeito, que nos ensinou a pressionar. A Suse é que levou tanto à letra que houve um cliente que se pôs todo roxinho da cor das cuecas. Da Suse. Foi preciso levá-lo a ver o mar com caveça de fora do tejadilho. Voltou a ganhar gaz, sim senhor, mas infelizmente foi-se o capachinho. O sr. dr. siguro tamvém tem sido amigo. Ensinou-nos a convencermos os clientes que é a primeira vez. Vasta fazer uma cara como a dele.
Tenho pena que a Suse num esteja aqui mas foi ali assim dar uma consulta ao sr. dr. lima, que tem andado fugido mas boltou com uma pulseira. Deve ser para le oferecer. Agora vou-me pirar que vem aí o sr. dr. alexandre. Esse num ensina nada a ninguém e quer é descontos.

Um veijão da Bete, com y e com acessórios

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SELECÇÃO DE TODOS OS NÓS


Passamos agora à divulgação da lista de convocados do seleccionador néscional:

ANÍBAL - Um grande na baliza. Já comeu um golo rei mas nunca ninguém o viu comer um frango. Atira-se sempre para a direita mas, comprido como é, defende com os pés os remates da esquerda

PEDRO - Exímio a ver oportunidades onde não existem. Gosta dos pontapés de canto. Lírico. Antes de chutar olha para o ângulo. Correia

PAULO - Um predestinado para a ala direita. Único nos lançamentos de profundidade e nos remates que são autênticos torpedos. Faz do futebol uma feira, perdão, uma festa

ALBERTO - Tem tanta fome de bola que joga a trinco. Ultimamente tem-se queixado de muitas faltas. De dinheiro

DUARTE - Acha que ao adversário não basta enganá-lo; é preciso rematá-lo. Sempre a fugir às marcações

COSTA - Joga na linha do offshore, digo, do offside. A sua nacionalização, perdão, naturalização custou milhões

GONÇALVES - Parecia ter pendurado as chuteiras mas regressou devido à capacidade para cabecear a bolsa, quero dizer, a bola

ALEXANDRE - Só joga nos descontos. Forte nos cortes de carrinho. De compras

TONI - Especialista em jogos de alta tensão. Faz barragem aos ataques adversários. Recentemente levou um cartão chinês, perdão, amarelo

ARMANDO - Joga em cunha. Já esteve no banco mas impôs-se pelo roubo de jogo. Entende-se muito bem com godinho no jogo sucateiro, digo, rasteiro

RUI - veio de uma escola de futebol que abandonou. Gosta de provocar os adversários dizendo-lhes:
- Deito-te abaixo mas não te aleixo

SUPLENTES:

GODINHO - Já foi um defesa de ferro mas descarrilou

MORAIS - imbatível a dificultar a visão aos adversários. Tem um senão; irrita-se quando a multidão grita "poeiras, poeiras, xilindrós à vista"

LOUREIRO - Um jogador que muito deve ao futebol. E ao resto

Foi a selecção num gentil patrocínio da Sangres.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A NÍVEL DE RAÇA...



- Ó mor?
- Diz, mor
- De quem gostas, mor?
- De ti, mor
- Eu também, mor
- De quem mor?
- De ti, mor
A seguir apagou-se a luz. Quando se voltou a acender ele estava a rir-se para uma vaca de louça e ela desabafava: - não passas de um corta pitas...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

AVAIJO A TAZA


Onte oubi valar da daza de bordugal. Debo dizer-bos que num bou dagui ali bor gausa duma daza. Adé proque num leba guase nada. Se bocências guerem condar gom a bresenza da binha bezoa num gualguer invento vestibo falem-me do ganeco de bordugal, do garravão de bordugal, ou da biba de bordugal. Da daça nom. Izo é bara zenhoras. Já gondra bordugal num denho nada, gue é derra onde se esdá sembre a fesdejar nem gue a gende num se lembre. E agora para bostrar que sou partio…pretio… partuio…que sou um gaijo que gosda da zua terra, portandos, um partiortra até bou candar o hido. Iróis do bar, nobre ponche...

domingo, 20 de maio de 2012

GULOSICES



Dava ares de panrico. Não passava de um pastel de massa falhada.

Devorou jesuítas, papos de anjo, barrigas de freira e seminaristas. Era gula papal.

As passas mandaram-no à fava. Os pinhões àquela tarte. Vida dura a do pão de ló.

Quando reparou tinha um buraco enorme. Anus horribilis para o bolo rei.

Roubou tantos e tantos doces que acabou preso. Felizmente era só prisão de ventre.

Comeram tudo. Agora só há troika de nós.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ESCRITA CARIATIVA


Caros amigos,
Portugal é por excelência o país da escrita criativa e, sobre isso, não resta a menor das dúvidas. Basta lembrar a escrita de muitas e muitas empresas nacionais que tão brilhantes talentos têm aportado ao panteão da nossa criatividade. A capacidade da subtileza, o esconder mostrando ou o aumentar diminuindo, têm aqui o seu campo de eleição. Tanto é assim que há já quem vote em contabilistas. De igual modo na política se atingem os mais altos padrões da criatividade ao serviço da escrita. Falo-vos do sentimento, do sofrimento e da dor que vertem de verdadeiras pérolas discursivas, que transformam votos em lagostas, animais que tão bem acodem ao pranto de qualquer político. Pois, meus amigos, é assim e se o é, a causa não é outra que eu próprio. Dirão que é arrogância. Não. É com a modéstia a fustigar-me que sou obrigado a assumir a culpa de tanta genialidade. Os meus cursos não têm outro propósito que o vosso sucesso, outra compensação que a vossa felicidade. Inscrevam-se e comprovem-no. Eu cá vos aguardarei de pena afiada.

Deste vosso criativo
Manuel Saquete

Promoção: 50% de desconto para inscrições no 1º. dia de cada mês

quarta-feira, 16 de maio de 2012

LAMBARICES



Há muitos anos os ovos entraram às claras no castelo. Destronaram a menorquina.

Abriu a torta e atirou-a para cima do colchão de noiva. Foi uma noite de grande aletria.

Nos tempos que correm todos os pasteleiros conhecem a bota de berlim.

Na Rússia não são muito amigos de doces. Só gostam de pudim.

A rabanada de vento ensarilhou-lhe o cabelo mas teve de aguentar. Deus dá nozes a quem não tem pentes.

O passos espirrou inesperadamente. A mesa passou a ter baba de camelo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ALTAS PRESSÕES, BAIXAS PRESSÕES


- Vou para o 17º e o vizinho?
- Para o 22º, obrigado
- Pois é...
- É...
- Às tantas vai chover...
- Desculpe, não me diga que vamos cair na ladaínha de sempre
- Qual ladaínha?
- Falar do tempo no elevador
- De facto...
- Falemos então de coisas diferentes
- Por exemplo?
- Como vai a sua violência doméstica?
- Muito nublada, com poucas abertas. E a sua?
- Cheia de trovoada
- E os filhos?
- Andam na tempestade
- E não reagem?
- Reagem. Vingam-se nos professores
- E os empréstimos?
- Uma seca.
- Eu cá tenho inundações. De juros
- E no trabalho?
- Sopra um vento que varre tudo. E no seu?
- O vento já me varreu
- E agora?
- Está tudo muito encoberto
- Não vê melhorias?
- Vejo muita precipitação
- Mas dizem que o desemprego é uma oportunidade
- Isso é do nevoeiro
- E levantará?
- Só se for com uma borrasca
- Pois então, bom tempo para si, vizinho
- Igualmente para si, vizinho.

domingo, 13 de maio de 2012

ESTOU NO BANCO MAS NÃO SOU SUPLENTE


O meu nome é crixiano renaldo, trabalho para um banco e tenho problemas de caspa. Por causa do messi. Tudo o que faço é com os pés. E resulta. As mulheres adoram os meus pés. Sobretudo os de meia. E os homens fizeram de mim um símbolo nacional. Perguntei à minha mãe o que era um símbolo nacional e ela respondeu-me que era o dr. jardim ou o hino. Não percebi bem porque não consigo dar tanto espectáculo como o alberto joão e não sei  cantar o hino. Mas prontos, fiquei todo vaidoso e nunca mais me passou. Há quem ache que exagero mas não passo bola. Gosto mais de fintar. Só não me sai bem nas entrevistas mas não há problema; digo que é um espectáculo e prontos. Aqui há atrasado ouvi dizer que o povo português está a passar por sacrifícios e que devo estar solidário. Por acaso não gosto de estar solidário. Gosto mais de ter muita gente à volta. Mas prontos, para mostrar que estou com o povo também vou fazer sacrifícios; quando o meu renaldinho fizer anos em vez de lhe dar um aston martin dou-lhe um porsche que é para ele saber o que custa. Pela saúde da mãe dele. Seja lá ela quem for.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

OUNCE ZOETE


Ultraje, infâmia, ignomínia! Não encontro outras palavras para classificar os insidiosos ataques lançados contra o grupo a que presido. Penosos são os tempos em que se perseguem  aqueles que procuram fazer o bem sem olhar a quem. Aqueles que pretendem ver os menos bafejados pela destreza financeira melhor recompensados pelo seu trabalho. Aqueles que, enfim, tão veementemente anseiam pela promoção. Do bem geral.
Tudo serviu aos de má índole para lançarem sobre nós as mais pérfidas atoardas. Acusaram-nos de dumping. Falsidade ignóbil. Os nossos fornecedores, também eles senhores de generosos corações, saberão partilhar este nosso esforço de promoção. Acusaram-nos de subverter o significado de uma data. Mentira vil. Fizemos tão somente coincidir a nossa meritória promoção com a data em que os portugueses efectuam as suas compras mensais. Acusaram-nos de não a levarmos a cabo em meses anteriores. Pois não. Queremos ajudar os nossos compatriotas, não os queremos habituar mal.  Acusaram-nos até de incitar à desordem. Ignorância pura. A disputa verificada nas nossas lojas só atesta a elevada qualidade dos nossos produtos.
As críticas infundadas não são, infelizmente, novidade para nós. Já nos tinham sido lançadas, cruéis, quando deslocalizamos a nossa sede correspondendo, de forma patriótica, a um pedido de emigração do nosso primeiro ministro.
A esses que nos fustigam digo que não desistiremos nem vergaremos. Continuaremos a nossa luta em prol do povo trabalhador que está do nosso lado e que constitui a nossa maior riqueza.
Viva o 1º. de Maio! Viva a classe trabalhadora! Viva a Hol... Portugal!

POR FRUIÇÕES



Atirou o barro à parede, sacou a massa, gastou o taco e mandou para o tecto. Era empreiteiro

Deixou prescrever mais de 200 processos, arquivou mais de 100, mantém 50 atrasados. Está bem lançado para juíz desembargador

Dizia à mãe que quando fosse grande queria ser corredor de automóveis. A mãe mandou-o para autarca

Desferia pontapés, provocava quedas, fazia obstrução mas não jogava futebol. Era empresário

Não tinha a menor noção da actividade, desconhecia por completo a carteira de clientes e nunca ouvira sequer  falar daquela empresa pública. Foi nomeado administrador

Quanto mais puxa o lustro mais brilha. Boa, a vida do engraxador

segunda-feira, 7 de maio de 2012

POR FICÇÕES



Farto de provérbios o ferreiro abriu uma padaria. Passou a ter espeto de pão

Foi ao oftalmologista e ficou muito pior. O homem levou-lhe os olhos da cara

Apalpava os balanços e os balancetes com frieza profissional. Era revistadora oficial de contas

O desempenho do ministro mereceu os mais rasgados elogios. Conseguiu terminar a troika golfe cup abaixo do par

Impôs as piores medidas, atingiu os piores resultados, classificou todos do piorio, com excepção dele. Era gestor

Desenhou casas em que ninguém quis viver, jardins em que ninguém passeou, bancos em que ninguém se sentou. Ganhou o grande prémio internacional da arquitectura desumanizada

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PALAVRAS DE ONTEM



Vem dar força à nossa luta, o povo já está na fruta

Não queremos nenhum aumento, tudo a 50 por cento

Os nossos direitos já, 10 pacotes de juá

Para bem de Portugal, 20 caixas de compal

Isto continua mau, só trazer um bacalhau

Não vemos outra maneira, esvaziar a prateleira

É preciso que isto mude, deixa entrar a juventude

O polvo unido jamais será cozido

Grades sim unidade não

Assim se vê a força do PD

NO POUPAR É QUE ESTÁ O TACANHO



- Então o teu 1º. de Maio?
- Espectacular!
- Estava muita gente?
- Aos montes
- E gritaram palavras de ordem?
- Era tudo a gritar
- Contra o presidente?
- Contra o presidente não. Esse é um senhor
- Um senhor?
- Gosta de ajudar os mais carenciados
- Tens a certeza?
- Sem ele eu não tinha conseguido
- O quê?
- Sacar tudo a metade
- Desculpa?
- E ainda tive de dar com um bacalhau nas trombas de um gajo
- Doutro partido?
- Não doutro carrinho
- Desculpa, estás a falar do dia do Trabalhador?
- Podes crer. Deu cá um trabalho...

terça-feira, 1 de maio de 2012

GRADES SUPERFÍCIES


- Vamos passar à votação. Quem aprova o encerramento?
- Eu jumbo
- Nós também. Devemos manter o modelo de venda incontinente
- O bingo ´dasse é contra. Infelizmente na Holanda tem de ser a favor
- E o que pensa a farra nova?
- Contra. Isto não é uma feira
- E os maus escuteiros?
- Para nós é euro por todos e todos por euro
- Muito bem está decidido. Vamos facturar no dia do trabalhador


DIA DO TRABALHO E DOR


- Sabes que dia é hoje?
- Sei, é dia do colaborador
- Do colaborador não, do eventual
- Do eventual não, do precário
- Qual precário, do a prazo
- Não é nada, é dia do estagiário
- Não, do temporário
- É mas é dia do supranumerário
- Queres dizer do excedentário
- Não, quero dizer do dispensado
- Dispensado ou despedido?
- Espera, já sei que dia é hoje
- Então?
- É dia do trabalhador
- Desculpa lá, não estarás a confundir?
- O quê?
- O primeiro de Maio com o primeiro de Abril?