quarta-feira, 27 de abril de 2011

BEIJÓDROMO 3

- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- É tão bom ser feliz.
- É bom é, Suse.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Está a chover.
- Pois está, Suse.
- Cá dentro, Wanderlei.
- É o tejadilho que está aberto.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse?
- E os piscas estão ligados.
- Pois estão, Suse.
- E os limpa pára brisas estão a dar a dar.
- Estão, estão, Suse.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Estás agarrado ao travão de mão?
- Estou, Suse.
- Porquê?
- Porque senão a felicidade tinha-nos mandado pela ribanceira abaixo.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Da próxima vez vamos ser felizes para a mala, está bem?

terça-feira, 26 de abril de 2011

BEIJÓDROMO 2

- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Este sítio tem poesia.
- Porquê?
- Porque se vê o mar.
- Ó Suse, é de noite.
- Então liga os faróis.
- Ó Suse?
- Sim, Wanderlei?
- Mesmo que ligue não vês o mar.
- Porquê, Wanderlei?
- Porque enchemos os vidros do carro com jornais.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Então deixa lá a poesia e rebate mas é o banco.

BEIJÓDROMO 1

- Como é que te chamas?
- Wanderlei.
- E tu?
- Suse.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse?
- És feliz?
- Às vezes.
- Ó Suse?
- Sim, Wanderlei?
- E tu?
- Eu quê?
- És feliz?
- Às vezes.
- Está bem.
- Ó Wanderlei?
- Sim, Suse.
- Já estamos a falar há um bom bocado, hem?
- Pois estamos.
- E se fossemos felizes mais uma vez?
- Está bem, Suse, mas agora vamos rebater o banco que da última vez ficou a doer-me os rins.

LUSOALIVIAS

- Ó Itapu, tu sabe que vem aí o dia do trabalhador?
- Vira essa boca prá lá, cara.
- Tu quer ver que nesse dia vamos ter que trabalhar?
- Nesse dia, Libório, nem livanto da cama.
- Xi pá, eu nesse dia nem acordo.
- Libório?
- Fala, camba.
- Tô pensando e acho que isso não é bem assim, não.
- Proquê?
- Cê tá vendo todos os de cá trabalhando nesse dia?
- Auá, num estou.
- Quilaro. Os de cá gostam tanto di trabalho como nois.
- Tu tem razão, camba. Assim, já fico discansado.
- Libório?
- Diz, broder.
- E se for obrigatório trabalhá nesse dia?
- Obrigatório? Obrigado é mau mas obrigado a trabalhar é pior.
- Tu qué vé qui nois viemos pará a um sitio onde é obrigatório trabalhá?
- Ó Itapu, vê quando esse dia calha no calendário.
- Deixa eu vé. Libório, Libório, estamos safo!
- Proquê, Itapu?
- Porque este ano o dia do trabalhadó calha a um Domingo!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ENFERMARIA

Doente: - É uma vergonha, pá.
Paciente: - Ai é?
Doente: - É. E depois pensam que nos enfiam uns grupes quaisqueres, pá.
Paciente: - Ai pensam?
Doente: Pois pensam, mas eu sei muitíssimo bem de quem é a culpa.
Paciente: - A culpa de quê?
Doente: - Do Benfica não ganhar, pá.
Paciente: - Mas a SIC disse que o Benfica é tricampeão.
Doente: - Quando, como, o quê? Quando é que foi isso, pá?
Paciente: - Quando ganhou a taça da liga.
Doente: - Não pá, eu estou a falar de ganhar uma coisa a sério.
Paciente: - Então de quem é a culpa?
Doente: - A culpa é derivado do FMI.
Paciente: - Do FMI?
Doente: - Claro, do FMI - Fruta, Mentiras e Iscutas, percebestes?

FUTRE BOL BEIRÃO

- A vida é injusta, pá.
- Pois é.
- A vida é muito injusta, pá.
- Pois é, mas por que que dizes isso?
- Porque a vida é mesmo muito injusta, pá.
- Ficaste desempregado?
- Fiquei, pá.
- Então foi isso.
- Nã, tenho subsídio, pá.
- Então por que é que a vida é injusta?
- Tu não sabes o que aconteceu ao Futre, pá?
- O quê?
- De candidato a general de balneário acabou a vender licores nas paragens dos autocarros, pá.
- Foi droga?
- Não pá.
- Foi jogo?
- Também não, pá.
- Então?
- Foi conferência de imprensa, pá.
- Foi o quê?
- Foi conferência de imprensa cheia de gajos que gravaram tudo, pá.
- Ei, a vida é mesmo muito injusta.
- É imensamente muito injusta, pá.
- Bora beber um Beirão pó caminho.
- Bora lá, pá.

sábado, 23 de abril de 2011

LUSOASFIXIAS


- Ó Libório, tu alguma vez foi às minina?
- Uma e nunca mais vorto.
- Porqué, ué?
- Proque me tocou um camafeu de 1,90 e mais de 120 quilo, pá.
- Qui crespão. E ospois?
- Ospois ela começou a abanar os ananase enquanto eu tiraba a roupa mas, quando eu tirei as cueca sartou para cima da cama às gargalhada e partiu às tábua.
- E tu, qui fez?
- Eu fiquei puto dá vida e disse para ela: - tu põe dipressa o corchão no soalho e deixa di brincadeira.
- E ela?
- Pegou no corchão com uma mão, pegou em mim com a outra e durante mais de 2 hora eu num soube onde estava o soalho, nem o tecto, nem nada, pá.
- E depois, Libório?
- Dispois prendeu os braço à vorta dos meu rim, esmagou eu contra ela e gritou: - dá-me! dá-me!
- E tu?
- Eu já taba com cabeça roxa e os olhos fora dos buraco mas num pudia fazer mal figura e respondi à rasca: toma! toma!
- E como terminô?
- Eu com o abajur do candeeiro na cabeça e um pé entalado no pinico, pá.
- Ó Itapu?
- ...
- Ó Itapu, que pôra de amigo és tu que fica a rir mais do que o camafeu, pá?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

LUSOGOLIAS

- Libório, afinal os de cá já fizeram uma revolução.
- Quando? Ontem?
- Não. Há muitos ano.
- E quantos moreu?
- Nenhum. Num houve tiro. Só flor.
- Só frô? Ó Itapu, foi uma reborução ou foi os fieis difunto?
- Foi revolução, cara. Os militar expusaram os fascista e os capitalista que andavam a explorá o povo.
- E o povo, pá?
- Saiu prá rua a cantá.
- A cantar o quê?
- O povo unido jamais será vencido.
- Mas então, dispois o povo de cá desuniu?
- Porque pergunta, ué?
- Proque esses qui tu falou que andavam a explorar o povo estão cá todos outra vez.
- Isso foi porque os gobernantes deixaram eles entrá.
- Ó Itapu, mas a reborução que os expursou não foi a mesma que deu os gobernantes que os deixaram entrar?
- Isso aí, bicho.
- Iscuta broder, eu num sei se o povo tá unido mas que tá quilhado tá, pá.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

LUSODEMOCRACIAS

- Libório, sabe que em Junho os de cá vão botá?
- Vão botar faladura?
- Não.
- Vão botar meia sola?
- Também não.
- Então, vão botar o quê?
- Vão botá o boto pá dimocracia funcioná.
- Ó Itapu, e dispois deles botar a democracia funciona?
- Não.
- Então proque é que eles boto?
- Porque preferem vivé na democracia do que na ditadura.
- Quem é essa?
- É uma qui funciona sem boto.
- Ó Itapu, proqué que eles boto numa coisa que não funciona se eles podem ter uma coisa que funciona sem boto?
- Libório,  porque na ditadura tu num bota, mas tu também num fala, num escreve, num convive, sinão leva.
- Pôra, na ditadura tu está preso?
- Quase.
- Ó Itapu, se a democracia não funciona e a ditadura ainda é pior sabe o que eu penso?
- O quê?
- Qué preciso fazer uma grande revolução.
- Mas como?
- Agora não vamos pensar nisso qué fim de semana grande. Na próxima Segunda dia 25, começamos, está bem?

terça-feira, 19 de abril de 2011

LUSOATROFIAS

- Ó Itapu, tu tá bonito, pá.
- Cê acha?
- Os óculo na testa, brinco, tatuage, tu tá com tudo, camba.
- Cê iguau, Libório. Colar grosso, pouseira, cueca amarela fora das cauça.
- Tu tamém tem as cueca de fora, pá.
- Claro, né. Precisa acompanhá a tendência.
- Ó Itapu, tu acompanha quem quisé mas tu tem cuidado coá bicheza, pá.
- Cê não tá entendendo. Tou falando di fashion.
- Quem?
- Libório, eu explico. Cê é negão e cê é louro, certo?
- Certo.
- Então, cê pintô o cabelo, certo?
- Certo.
- E cê pintô porque é di fashion, certo?
- Eu num sou de faxon, sou de Calacuté e pintei proque senão era o único do bairo com cabelo preto e a polícia encontrava eu com faciridade.
- Escuta cara, fashion é o povão vestxido de iguau.
- Ó Itapu?
- Fala aí.
- Tu num está morto que essa faxon se vá?
- Porquê, ué?
- Proque as calça estão sempre a cair do cu e num deixam andar, camba.

domingo, 17 de abril de 2011

LUSOBRUXARIAS

- Eu vou conseguir, com a graça de deus.
- Ó Itapu, esse deus tem piada?
- Não ué, porque pergunta?
- Tu disse que vai conseguir com a graça dele.
- Libório, com a graça de deus qué dizé que eli vai me ajudá.
- A fazer trapaça?
- Os de cá também fazem, cara.
- E tamém pedem a graça de deus, Itapu?
- Concerteza.
- E esse deus ajuda todos os trapaceiros?
- Trapaceiros qui nada. Pessoas necessitadas.
- Necessitadas de aldrabar?
- Libório, cê tá virando puxa saco.
- Ó Itapu, e se deus num ajudar?
- Aí a gentxe fala com o Mamadu, qui faz macumba da boa.
- Mas então tu num acredita em deus?
- Nunca fiando, cara.

LUSOCOMIAS


- Ó Itapu, vamos fazer de conta?
- Quau conta, Libório?
- Tu faz de conta que é jogador de futebor e eu faço de conta que sou reporta di rádio, tá bem?
- Vamo nessa, bicho.
- O que tu tem para dizer do gôl que tu marcou hoje?
- Foi apenas um gou, o mais o importantxe foi essa vitória do txime qui levou bem auto o nome do futébou português.
- Futebor protugués? Mas a tua equipa são 10 brasileiros e 2 argentino, pá
- Si chama assim, português, entendxe?
- Proque é jogado em Protugal?
- Ou isso ou porque o treinador é português. Pelo menos por enquanto, né?
- Craro. E tu acha que vai conseguir ser campeão?
- Com a graça de deus vamos chigá lá e vamo dá uma baita duma alegria pá nossa torcida
- Tu quer dedicar a vitória de hoje a arguém?
- À minha esposa qui sem ela eu não seria o jogador qui sou hoje
- Proqué?
- Porque antigamente eu só andava na putaria
- E agora?
- Agora continuo na putaria mas quando chego em casa tenho a janta na mesa. Alimentação a horas é fundamentau.

LUSOSINTONIAS

- Ó Itapu, tu sabe o que disse o rádio?
- Qui foi?
- Que por causa da crise temos que poupar.
- Ó Libório, cê vai poupá o qué, si cê não tem nada?
- Então, primeiro vou ter e dipois vou poupar.
- Pois, mas para isso cê tem qui trabalhá.
- Ó Itapu, lá vem tu estragar a conversa.
- Meu irmão, eu vim ao mundo pá gastá, não pá poupá.
- Quem disse isso para tu?
- A vida Libório. Si cê poupa cê não vive, si cê gasta cê goza, entendeu?
- Mas tu gasta o qué, se tu num tem?
- É aí qui entra a esperteza, moço. Cê gasta o qué cê não tem.
- Quer dizer que tu gasta o que os outros poupa?
- Isso, irmão.
- Ó Itapu?
- Fala, bicho.
- Num vorto a ouvir rádio.
- Porqué, ué?
- Proque os pograma da rádio é para os outro, num é para eu.

sábado, 16 de abril de 2011

LUSOFUGIAS

- Ó Libório, tá gostosa essa chiclétxe?
- Proque tu pregunta, Itapu?
- Porque cê tá mascando com a boca toda aberta.
- Eu tem de respirar, pá.
- Certo, mas é peciso etiqueta, irmão.
- Etiqueta? Como na rôpa?
- Não, etiqueta na maneira di falá, di comé. Por exemplo, cê fala palavrão?
- Paravrão? Qué isso? Paravra grande?
- Não Libório, palavra feia.
- Itapu, quando passa a mulher do Isaía que tem dente de cavalo eu digo a paravra: - feia.
- O que cê precisa é de classe, entendeu?
- Crasse? Só fui até à segunda e fartei. As letra e os numero incha a cabeça dum gajo, pá.
- Deixa. Cê come com as mão?
- Craro.
- Não devia. Comé de faca e garfo é que distingue a gentxe dos bicho, bolô?
- Ó Itapu, tu experimenta comé quarquer coisa com osso cuá faca e cu garfo e tu vai ver onde vai parar o osso, pá.
- Libório, é preciso níveu.
- Não, camba é preciso perna proque dá urtima vez o osso acertou no cabeça do gajo do lado.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

LUSOFOBIAS


- Ó Itapu, não percebo
- O qué, Libório?
- Para eu, se tem crise tem que ter curpado, pá
- Cê vê algum?
- Iscurpa, mas se não tem curpado tamém num pode ter crise
- Crisi tem, mas ninguém qué sê o pai
- Nem mãe?
- Libório, cê lembra quando a máquina qui arranjou pá senhora do 3º. ribentou? Cê disse pra ela que era o culpado?
- Não. Disse que a curpa era de tu
- Que tá falando?
- Broder, tu mandou-me
- Coisa nenhuma, cê é que ribentô à máquina
- Tu sabia que eu não entendia puto de máquina
- Libório, tô ficando com crise de nervo!
- Tu não fica com crise proque tu sabe que ninguém tem curpa
- A culpa é toda sua, cafagesti!
- Ó Itapu, só a crise de tu é que tem curpado, pôra!

domingo, 10 de abril de 2011

LUSOREGALIAS

- Ó Itapu, tu acha mesmo que nós debiamos sér doutor?
- Quilaro Libório, cê não vê que os qui tem a grana são todos doutô?
- Mas para sér doutor é preciso estudar.
- Estudá?
- Sim, camba, ler as letra muito piquena que dá maningo azia no cabeça.
- Sai dessa meu irmão, quau estudá.
- Então comé que nós vai sér doutor?
- Fáciu cara, deixamo a galera estudá durante a semana e tiramo o curso ao Domingo qui não tá lá ninguém.
- Tu tem o esperto todo, camba.
- Brigado, viu.
- Ó Itapu?
- Mi diz.
- E tu quer sér o qué quando for doutor?
- Quero ir pro governo, ué.
- E cê Libório?
- Eu não quero nada.
- Como assim, cara?
- Como tu vai para o gobérno e eu sou amigo de tu, tu aranja um tacho para eu.
- Libório, cê tá fazendo a integração rápido até demais.

sábado, 9 de abril de 2011

LUSOMARESIAS


- Ó Itapu, bamos à praia?
- Libório, cê qué apanhá um sou gostoso e um bom banho di má?
- Isso, camba
- E cê qué tomá chopinho gelado enquanto dá cantada nas minina?
- Ó raiti
- E cê qué ouvi kuduro nos auriculari e abaná as anca?
- Tu tá lá, Itapu
- Só tem um problema
- Próbrema?
- Cê tem grana, Libório?
- Nima, camba
- Então cê faz o seguintxe: pensa qui praia tá cheia de vento, o sou tá preso nas nuvem e a àgua do má é gelada que congela o osso, viu?
- Ó Itapu?
- Fala irmão.
- O pilim pode num dar a fericidade mas, pôra, muda o crima e a temperatura da água, pá.

LUSOALEGRIAS

- Ó Itapu tu tá com má cara, pá.
- Tô pensando, Libório.
- E quando tu pensa fica co essa cara?
- Tô pensando qui tá meio dificiu.
- Exprica, camba.
- A gentxe vem prá cá prá ser mais fáciu e depois cá fica piô do que donde a gentxe vem.
- Ó Itapu, tu falou maningo dipressa.
- O que eu digo, moço, é que nós tamos à rasca.
- Ó Itapu?
- Fala, bicho.
- Tu num tá à rasca, tu tá na tasca.
- Então vê aí mais dois chope prá pará o pensamento.
- Xi pá, tu deixa de pensar, fica logo com milhor cara.

LUSOALERGIAS

- Ó Itapu, tu de que te queixa?
- Da vida, Libório.
- Da tua?
- Da minha e da tua também, cara.
- Tu tamém te queixa da minha?
- Quilaro ué, cê não é amigão?
- Ó Itapu, mas proque tu te queixa?
- Porque a coisa vai mau. Tem muita gentxe nessa vida que só serve para atrapalhá.
- Tu tá a falar de quem, broder?
- De todos esses aí qui só querem botá a gentxe pá trabalhá.
- Tu tem razão, Itapu, mas quando o trabalho acabar esse pessoal deixa de chatear.
- Ó Libório?
- Fala broder.
- O trabalho nunca acaba.
- Itapu?
- Me diz.
- Tu fala cu trabalho nunca acaba?
- Isso aí.
- Tu tem a certeza?
- Total.
- Ó Itapu, que porca de vida, pôra!
- Falô.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

LUSOAGONIAS

- Ó Itapu, tu lembra do meu primo Kemau Vieira?
- Aquele que tem a mania qué feiticeiro?
- Ésse. Terefonou de Angola para eu, sabe?
- E disse o quê, Libório?
- Taba maningo triste, pá.
- Porqué?
- Proque apostou qui fazia um grande magia quéle estudô nos libro grosso.
- Quau magia, cara?
- Apagava a luz dos campo de futebor da tera déle e depois fazia cair umas tromba de água em cima dos campo.
- E então?
- Juntou os pó, os dente de alho, disse as palabra e tinha qui dar magia.
- E deu ?
- Deu nada, pá.
- Rapaz, seu primo é um panaca.
- Ó Itapu, e tu sabe o quéle disse mais?
- O quê?
- Cá magia era tão forte que podia ter efeito em quarquer campo de futebor do mundo.
- Nossa, esse cara pirô de véz.
- Deixa Itapu, agora rápido pra luz que tá quase à começá o jogo, pá.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

LUSOFOLIAS

- Ó Libório, sabe quem vem aí?
- Os andorinha?
- Não. O FBI.
- Pro quê Itapu?
- Porque a gentxe de cá gastô a grana que não tinha.
- E agora?
- Agora precisa de gastá a grana dos outro.
- Ó Itapu?
- Tô iscutando.
- Si eu gastar o pilim quí não tenho posso dipois chamar o FBI pa gastar o pilim qué dos outro?
- Falô, cara.
- Tu tem o terefone do FBI?
- Não Libório, mas cê pode vé ná lista.
- Tu empresta a moeda para eu ligar?
- Empresto, mas o juro tá upa, upa.
- Cal é?
- Cê fica a arrumar carro prá mim durante 3 ano.
- Ó Itapu?
- Fala, bicho.
- Tu acha córeto tu querer vivé à custa dum gajo que quer vivé à custa dos outro?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

LUSOFONIAS

- Ó Itapu tu sabi cos banco não tem kumbo?
- Sai dessa Libório, quilaro qui tem.
- Foi o qui disse o rádio.
- Não liga, meu irmão. Os banco tão cheios de grana.
- Proqué tu diz isso?
- Libório, cê não sabi qui os banco são quem faz a grana, ué?
- Já não faz Itapu. Agora são uns gajo numa cavi escura comás máquina.
- Como é que cê sabe?
- Proque os polícia foi lá e lebou os gajo e as máquina.
- Então agora ninguém faz mais grana?
- Ninguém, pôra.
- Então cara, só me resta o banco do jardim.
- Ó Itapu, já não é do jardim e tamém já não tem pilim.

LUSOFOLIAS

- Ó Itapú exprica pra eu essa coisa di tar em crise
- É fáciu Libório. A crisi é vocé tê meia meia que dá uma e de seguida passá a tê só meia
- Ó Itapú eu nunca tive meia meia nem uma nem siqué meia
- Então rapaiz cê não tá em crise. Cê é desgraçado meismo.

LUSOPARALISIAS

- Ó Itapu tu tem kumbo?
- Eu não cara.
- Então como é que tu quer ir comé ó ristórante?
- Libório cê não tem grana não, ué?
- Nima, camba.
- Então precisamo bolá um plano pá ganhá grana.
- Iscurpa mas sé pá buli num conta com eu.
- Tá maluco amigão. Vamo fazé de estátua que pinga gostoso.
- Ó Iitapu, então tu faz de estátua que eu fico na pinga, tá bem?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

LUSOFONIAS

- Ó Libório, cê sabe o que me preguntó um polícia de cá depois dum roubo?
- Qui foi Itapu?
- Se eu podia falá do fato.
- E tu que tróco deu?
- Disse prá ele: - Fato? Eu é bermuda, óculo de sou e chinelo de dedo, viu.
- A mim um de cá me preguntó se eu era espetador.
- E você respondeu o qué?
- Botei o cabeça a pensá, a pensá...
- E aí disse o qué?
- Quéle num tinha nada que vé coa minha vida intima.
- Falô amigão.

domingo, 3 de abril de 2011

LUSOFOLIAS

- Ó Itapu proqué qué tu qué sabé?
- Ó Libório deixa de bobage e conta, vai.
- A primeira bez de eu num coreu bem, pá.
- Ué, porqué não?
- A caçula falou: Libórinho tu qué vé a minha pombinha?
- E cê?
- Eu disse a ela: - Sim! Sim! Sim! Sim! Sim!
- Ela mostrou?
- Mostrou.
- E cê não adorô?
- Nima, camba.
- Porqué não, meu irmão?
- Eu disse à caçula: tu não tem pombinha nada, pá. Si tu tem pombinha onde estão as asa?

LUSOMESSIAS

- Ó Itapu como chama a igreja onde tu tá agora?
- Igreja bestial dos últimos dia a contar de trais.
- E tu tem fé?
- Quau fé Libório, eu preciso é de grana.
- E tu faz o qué pá ganhá?
- Faço milagre.
- Auá, milagri?
- É isso aí amigão.
- Como tu faz?
- Eu passo a mão na cabeça da galera, a galera acredita que cura e larga a grana.
- Só isso Itapu?
- Tau e quau.
- Ó Itapu?
- Me diz irmão.
- Eu tamém posso fazé milagri?
- Claro né. Começa na semana que vem, tá?

sábado, 2 de abril de 2011

LUSOASSESSORIAS

- Ó Itapu tu é o qué?
- Assessó.
- Tu trabalha em elevadó?
- Não Libório, isso é ascensó. Eu sou o braço direito de gente importantxe.
- Quér dizé quessa genti só tem braço isquérdo?
- Sai dessa irmão.
- Ó Itapu e é bué de trabalho?
- Trabalho? Tou nem aí.
- Então é o qué?
- Assessó.
- Como tu conseguiu?
- Com muito mérito.
- De tu?
- Não cara. Dos meus amigo, ué.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

LUSOFONIAS


- Ó Itapu, onde é que tu aprendeu prótugués?
- No Brasiu cara. E cê Libório?
- Chi camba, nos Angora
- Ó Itapu comé cos de cá nos cumprende?
- É o acordo fotográfico.
- O quem?
- Eu explico prá ócê. Cómos de cá falam mal obrigaram eles a falá comá gentxe.
- Então nós falamo córeto?
- isso aí, bicho.