- Ó Itapu, tu sabe o que disse o rádio?
- Qui foi?
- Que por causa da crise temos que poupar.
- Ó Libório, cê vai poupá o qué, si cê não tem nada?
- Então, primeiro vou ter e dipois vou poupar.
- Pois, mas para isso cê tem qui trabalhá.
- Ó Itapu, lá vem tu estragar a conversa.
- Meu irmão, eu vim ao mundo pá gastá, não pá poupá.
- Quem disse isso para tu?
- A vida Libório. Si cê poupa cê não vive, si cê gasta cê goza, entendeu?
- Mas tu gasta o qué, se tu num tem?
- É aí qui entra a esperteza, moço. Cê gasta o qué cê não tem.
- Quer dizer que tu gasta o que os outros poupa?
- Isso, irmão.
- Ó Itapu?
- Fala, bicho.
- Num vorto a ouvir rádio.
- Porqué, ué?
- Proque os pograma da rádio é para os outro, num é para eu.
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