- Ó Itapu, tu sabe que vem aí o dia do trabalhador?
- Vira essa boca prá lá, cara.
- Tu quer ver que nesse dia vamos ter que trabalhar?
- Nesse dia, Libório, nem livanto da cama.
- Xi pá, eu nesse dia nem acordo.
- Libório?
- Fala, camba.
- Tô pensando e acho que isso não é bem assim, não.
- Proquê?
- Cê tá vendo todos os de cá trabalhando nesse dia?
- Auá, num estou.
- Quilaro. Os de cá gostam tanto di trabalho como nois.
- Tu tem razão, camba. Assim, já fico discansado.
- Libório?
- Diz, broder.
- E se for obrigatório trabalhá nesse dia?
- Obrigatório? Obrigado é mau mas obrigado a trabalhar é pior.
- Tu qué vé qui nois viemos pará a um sitio onde é obrigatório trabalhá?
- Ó Itapu, vê quando esse dia calha no calendário.
- Deixa eu vé. Libório, Libório, estamos safo!
- Proquê, Itapu?
- Porque este ano o dia do trabalhadó calha a um Domingo!
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