- Ó Itapu, tu tá bonito, pá.
- Cê acha?
- Os óculo na testa, brinco, tatuage, tu tá com tudo, camba.
- Cê iguau, Libório. Colar grosso, pouseira, cueca amarela fora das cauça.
- Tu tamém tem as cueca de fora, pá.
- Claro, né. Precisa acompanhá a tendência.
- Ó Itapu, tu acompanha quem quisé mas tu tem cuidado coá bicheza, pá.
- Cê não tá entendendo. Tou falando di fashion.
- Quem?
- Libório, eu explico. Cê é negão e cê é louro, certo?
- Certo.
- Então, cê pintô o cabelo, certo?
- Certo.
- E cê pintô porque é di fashion, certo?
- Eu num sou de faxon, sou de Calacuté e pintei proque senão era o único do bairo com cabelo preto e a polícia encontrava eu com faciridade.
- Escuta cara, fashion é o povão vestxido de iguau.
- Ó Itapu?
- Fala aí.
- Tu num está morto que essa faxon se vá?
- Porquê, ué?
- Proque as calça estão sempre a cair do cu e num deixam andar, camba.
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