sábado, 24 de dezembro de 2011

O DIA MAIS LONGO


Fala-vos o cabo meliciano matos no teatro das operações em Portugal. Por cá as coisas vão difíceis. O inimigo não pára de atacar mas não nos dá trabalho, tira-nos. Os bombardeamentos são constantes e tão violentos que é buracos por todo o lado. Chego a pensar que devem ser índios porque só querem tirar-nos a pele. Estão emboscados em toda a parte e nós cada vez com menos meios. Como se não bastasse ainda fazem guerra psicológica; andam a gritar pelo mato para que desertemos. É um combate desigual onde não há justiça. Nem saúde, nem educação. Nem futuro. Mas continuamos a resistir. É preciso. Comam uma rabanada por mim e até ao meu regresso.

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