Hoje tive mais uma ideia. Daquelas que me inculcam o sério receio de ter de reforçar a medicação para evitar perder a pouca credibilidade que me resta. Ainda assim arrisco; desta vez resolvi relacionar a fé, o gel no cabelo e os lucros da Altice, tudo na pessoa do seu presidente. Visualizando a figura, percebe-se estarmos perante um homem profundamente religioso. A cruz ao pescoço diz-nos tratar-se de um homem que se agarra à fé como a pasta de gel que usa se lhe agarra ao cabelo, senão mesmo à moderníssima barba de 3 para 4 dias. Fé e gel parecem estar a resultar porque a Altice, entretanto, já se agarrou a uns valentes milhões de lucros. Ainda que assim não fosse estou em crer que a vida não viraria as costas a este senhor agarrado à fé. O seu aspecto geral deixa perceber um profissional multifacetado que poderia facilmente alcançar o sucesso em qualquer casa de alterne, o que não deixa de ser igualmente um ramo de comunicações, embora com maior tendência para o aconchego. Mas não, os milhões de lucros chegaram e não foi preciso que o senhor se multifacetasse. O problema é que, não obstante a fé, o gel e os tais milhões, o senhor aproveitou a pandemia para dispensar trabalhadores precários e para colocar centenas de outros em lay off, retirando-lhes a fé num futuro melhor.
Cada um tem a fé que quiser mas no que está por baixo do cabelo agarrado deste senhor eu não tenho fé nenhuma.
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