quarta-feira, 31 de agosto de 2011
TÁ DIFECEL
Pusme a iskrebinhar pk tenho tempo. Tou na xoça. Perkausa do Bertinho. Farteime de le dizer para num fazermos o karjake mas o man é pior kuma mula. Azar do pito o gaiolo era dum moina. Ainda les disse cu pedimos puma kurva mas os gajos kisero saber pakera a fuska. O Bertinho bentilou kera pa nosssa defesa pk anda aí mta ladroage. Fomos na mesma dentro. Debe ter sido pro bertinho num ter dentes à frente e perisso num fala, bentila. Agora pa bazar tá 1 coche difecel pk kom esta já são 14x k nos deito a luba.
Mas pior tá o Nando. Bumbou umas cenas totil maradas deu-le um flash e foi katado a botar a porta da loja dos telm abaixo. Pos-sse a dizer k num tinha sido ele mas os gajos num foram no grupe. Num sei se foi de ter o pé de kabra na mão ou dos 15 telm nas kuekas. A seguir disse k precizava de isfumassar por kausa do nerboso. A ramona fes-le a frankeza e o man pos-sse logo a enrolar um kanhom derba kakilo parecia um abano. Resultado num mikou néstes e ainda foi resssakar pó desmame.
O Tininho tb anda meio janado. Foi sempre um gajo de fé. Per isso expessializou-sse a axantrar igrejas. Kmeçou na kaixa dismolas, passsou pá bonekada e agora anda nos sinos. Num é fácil pk os sinos tem a sua ciencia. Un destes dias trazia 1 à tola mas na korreria terpe-ssou, lebou ku badalo na testa kandou a kagar fininho + de 1 mes. Doutra bez akartou o sino e uma beata mandou-le kuma soka à mona mas por xouro num-le acertou. Só ka soka foi direta ao badalo k le kaiu em xeio na moleira. Inda anda a fazer o penso dia sim dia nom. Dps num admira kum gajo fike kom nóias todas cegas na kabeça. É do badalo.
Mas afinal proké k bos tou a iskrebinhar? Simples. Komo vós soindes kriativos e komo a mim a unica koisa k se me kriou até ber foi um kalo no bute, lembrei-me que vós pudieis darme 1 mao pa me sakar da xoça. Sou bom moço. Tibe foi 1 infancia cumplikada.
Dizei koisas
Zé da fuska
domingo, 28 de agosto de 2011
KRIATIBA? PKÊ?
Tou a eskreber esta karta derijida a bocês. Derijo esta karta a bocês pk senão c/o é k sabem k é p/a bocês, ñ é? O k eu kero dizer é k bocês fizeram lembrar-me a minha setora. Ela diz k tenho uma eskrita mto kriatiba mas eu ñ sei se é assim. Por isso resolbi perguntar a bocês.
Aki á atrazado a setora disse k eu era o + kriatibo da turma kuando me perguntou na aula pork é k os fungos faziam mal à saúde. Eu respondi k concordaba sim sra pk sempre k eu fungava o dia inteiro a seguir ficaba c/ gripe. Era certinho. Ela riusse mto mas eu tb me ri. A x em que ela se riu + foi kuando leu a karta que me mandou fazer ao Pai natal. Era assim:
Pai natal tásse? No ano passado ñ te kurti pk pedite uma PSP e um IPOD e tu de grilo. Tebe de ser o meu pai a darme e p/a fingir k eras tu ainda tebe de se meter pela xaminé abaixo e kagouse todo. Este ano bê lá se atinas. Aki bay o meu pedido: kero um aparelho korretor dos dentes e uma banda gastrika. O meu pai anda a dizer k tou gordo. Gordo gordo ñ tou. Tou é forte mas o k me xateia é k já é a 2x que fiko entalado ao passar na porta. Da garagem. É lá k tenho eskondidos os bolikaos. Kontrola-me isso e kuando bieres ñ digas ao meu pai onde tenho os bolikaos, okapa? Olha k se disseres eskondo-os debaixo da minha kama e ñ te digo + nada, oubistes? E outra koisa, seste ano boltares a ñ aparecer nunka + akredito em ti.
Fika bem sem olhar a kem.
A setora disseme k a karta era tão kriativa que ia fikar kom ela p/a os outros alunos ñ a lerem. Dáme a impressao k debe ser p/a eles ñ copiar. A seguir disseme k p/a o ano bou fikar outra x c/ ela. No mesmo ano e tudo. Só ñ percebo pork é k a setora diz k a minha eskrita é kriatiba. O k é k bocês axam? Mas sinceramente. Tanks.
Em kuanto aguento bou agazalhar uns bolikaos k dp da prenda de natal nunka mais posso. Ó dieta bite crashar!
Fikem bem sem olhar a kem.
Toninho Arroba Pronto Come
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
FALÔ BICHO
Oi pêssoau, como é qui é? Tô muito feliz de cês tarem abordando esse marabilhoso mundo da escrita criatxiva. Adorei saber porque sou um criativão da escrita, tau e quau. Como é gostoso inventá palavra, rimá, botá acento, comê letra, dá significado e cacofonia e coisa e tau. Até dá para enganá o pessoau qui lê. Tô lembrando duma veiz que escrevi A MULHER COM O MELHOR FÍSICO DO MUNDO e de seguida botei a foto duma gimbra panaca ao lado do Albert Einstein, bolô? Também adoro trocadilho. Quando o combustiveu subiu pá caramba eu escrevi que alguém deu o GALP do baú. Ou então quando pergunto ao Matos, será que tem TOMATOS? Gozação.
Mas escrita criatxiva não é só pá botar buneco não, também é negócio qui pode dá pá ganhá uma nota preta. Como? Aplicando a escrita criatxiva pá publicidadxe. E aí eu posso dar um grandi help para cês ganhá um montão di grana. Como? Cês só tem de comprar meu livro qui chama " O Mourinho da Escrita" que explica tudinho. Mando contra transferência ou à cobrança pelo carteiro. Faço atenção pela quantidadxe.
Aproveito estar entre irmãos para dizê a cês que também vendo figa, santinho da sortche, pomada pá calo e tudo pa macumba, candomblée, mironga, mandinga e muamba. Boto as carta, afasto mau olhado, prendo o qui fugiu e tiro barriga inchada. Também vendo Time Sharing e tenho marca de bikini lindo em Portugal. Bons preços pá revenda.
Fico no aguarda. Grandi Saravá pá cês.
Alfredo Ferro Peta
terça-feira, 23 de agosto de 2011
TROCADILHOS DO CARVALHO
ONU porque vais nu?
Ó NATO, não tenho fato
Olha, o Rei vai como tu
Sem fato?
Não, nu
Esse é de outro campeonato
Mas é como tu
Nu?
Não, inútil e chato
Ó NATO és um rico gabiru
Não, sou rato
Cuidado com o gato
Isso dizes tu
Por vezes o rato é pato
Eu não sou pato sou NATO
Mas volta e meia cais de cu
Faço é muito mecenato
Mecenato ou assassinato?
Olha quem fala, o guru
Eu tenho tacto
Tanto como um peru
Tá calado ó chaNATO
Chanato és tu ONU
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
COM VI-TE
O meu nome é Manel Ramadas. Venho à presença de Vocênssias por emtermeada peçoa qué o Manel Besaina que já conhessendes. O Besaina é freguês asseado do meu restabelessimento e foi ele que mal chiguei de férias me falou no Foi-se Boque. Como eu num savia até le disse: - Qual Foi-se Boque? Para mim é Super Boque que eu cá num fermento em mudernisses. O Besaina isplicou-me quem Vocênssias ero e que se dedicavo à iscrita. Ora nada milhor para uma iscrita de boa cêpa que o meu restabelessimento. Que o diga a freguesia que é gente de grande sençibilidade gustativa ou não estiveçemos a falar da língua. O Manel Constipado por izemplo, foge-le o pé para a puisia. Ainda aqui àtrasado fez uma versalhada de boa casta que passo a ispor:
Dizem que sou aldravão
Mas quem o diz está irrado
Eu só vevo carrascão
Porque assim sou ovrigado
Perguntam então proquê
Respondo com prontidão
Toda a culpa já se vê
É desta constipassão
O Manel Gargalo que tem queda para a música pegou na versalhada e fez um fado em tinto lado "Sou doente mas tem cura". Cantou com tal sentimento que até se le cu meteu uma expandilose. Estebe meio engarrafado mas dei-le uma pomada do Cartacho e já está cheio de gás.
Nesta casa há talento, amviente e tremossos. Vocênssias tendes as portas avertas e podendes estar sertos que se vierdes, muinto irá milhorar esssa vossa escrita cria pipa.
Na circunstância e com conçiderassão.
À Vosssa!
Manel Ramadas
HIC! UPS! CÓ LECENÇA
Eu gesdaba de bes dar os beus zeros barabens bor esda éneciadiba. Adé gue em fim dou gom gende que me gombreende e bem azim à minha esgrida. Andes só dinha a gombrensão do gandeeiro da minha gua, não desfazendo um gajo eluminado, brogue o resto da bizinhanza num inderessa nem ao benino. Aguilo é gende de mal ga bida, gue num zabe abreziar um bom palhete e bor gonseguinde gende gue num bai à binha bissa. Dou-les desbrezo, é um fagdo, bas a berdade é gue andava a zendir-be um bogado com balido. E zeco borgue o Ramadas voi de vérias e bejou o estabelecimento zem abisar. Bodou um ledreiro na borda a dizer " ENCEGADO BAGA DESGANSO DOS NOSSOS GLIENDES" e voi uma zebana bada Benidog em regime de beia benzão. Num se faz. Sou um freguês gom as guodas em dia e num berezo esda desfeida. Felisbende engondreibos e já me zindo endre abigos. Bor agaso adé já bolhava o bigo. Num haberá bor aí alguma goizinha para madar a zede?
Zaudazões Vinhadeiras
MANEL BESAINA
domingo, 21 de agosto de 2011
ÓBRIGADA JOSÉ SÓCRATES, ÓBRIGADA DA LIMPEZA
É com as armas e os barões açinalados pela revolta que me dirijo diretamente aos autores e de mais autistas deste espasso. Sou uma peçoa directa que sou, e não gosto de rodeos. A não ser que meta palhassos. Não tenho quaisqueres espéssimenes de dúvidas que a vossa intensão viza gusar o prutuguêz daqueles que com dedicasão e isforço apurveitaram as NOVAS OPURTUNIDADES dadas por esse nome maior do espeto pulitico prutuguêz, que foi e ainda é, porque e o é, Engenheiro Jozé Çócrates. Foi derivado a este nosso ainjo da Guarda, embora hediondo da Covilhã, que as nossas vidas medaram e medraram; antigamente não estudava-mos e chumbava-mos, agora continua-mos a não estudar mas num há piçe tira-mos o cursso. E não é por iço que o nosso prutuguêz fica atráz dos outros. O que se paça é que a língua prutugueza está mal feita. Por ezemplo, se o plural de Lião é Liões, então o plural de cabalo devia ser cabalões mas não, é cabalos para enganar. Se o plural de Limão é Limões porque é que o plural de Tomate é testículos? Lá está, é uma língua tressida que gosta de drivolar os nativos e até mesmo nós prutuguezes. Não temos a culpa das melão drices da língua de Camões, que deve ser para aí o plural de cama grande.
Tende tino nem que seja de Rãs e façam pouco isterco.
Manuel Almeida
Técnico superior de higiene urbana
sábado, 20 de agosto de 2011
PECADO DA LULA
- Saíste com quem?
- CAÇÂO.
- No teu carro?
- No dela.
- Ela já ENGUIA?
- Como um GORAZ.
- E que tal?
- Uma verdadeira TAÍNHA.
- Gostas dela?
- Até me BARBO.
- Levaste-a a jantar?
- Não. Tomamos uma BICA mas fiquei com AZEVIA.
- Porquê?
- O café tinha BOGA.
- E a seguir?
- Olhei para ela e cresceu-me o CARAPAU.
- Que fizeste?
- Pedi-lhe um BADEJO, mandou-me pó RODOVALHO.
- RANHOSA.
- Se a voltar a ver nem olho para trás, AMEIJOA logo.
- E a CORVINA?
- É uma rica XAPUTA.
- Porquê?
- Montou-me uma CAVALA.
- Isso é impoSÁVEL. Não sejas ESTURJÃO.
- Eu não sou é PARGO.
- Às tantas vais arranjar GUELRAS.
- O CHERNE do problema não é esse.
- ATUM?
- Dás confiança e ela GAROUPA.
- Não digas ISCO.
- Digo. Foi assim que ela apertou o BACALHAU.
- No teu lugar oferecia-lhe um CACHUCHO. ELAGOSTA.
- Não, que não ando a ROBALO.
- Ainda vai dar RAIA.
- Além disso a CORVINA cheira a suor.
- Não se lava?
- Não usa SALMONETE.
- Como sabes?
- Ó meu olfacto ninguém esCARPA.
- Tem mas é juízo, PERCEBES?
- Lembras-me o meu velho.
- Porquê?
- Dava-me cada SALMÂO.
- Quando?
- Quando me apanhava a enrolar CHICHARROS.
- E que fazia?
- Pregava-me uma grande SOLHA.
- E tu?
- Ficava PREGADO.
- Olha, está tardote. Vou para a ESCAMA.
- Continuamos a caldeirada amanhã?
- DePEIXE vê-se...
terça-feira, 16 de agosto de 2011
ÉSSSESSS...
Diz-me sem me enganares
Que eu gosto de escreber vem
Mas antes conbém pensares
Trespassa-se quantos ésses tem?
Respondo-te sem receio
Que a escreber ninguém me quilha
Um atráz e trêz no meio
E no fim cê de cedilha
sábado, 6 de agosto de 2011
NARCISO, EU? NÃO, ZEUS.
- O que achas dele?
- É menos que assim assim.
- E do outro?
- Fraquinho.
- Nem sofrível?
- Os dois juntos não valem um suficiente.
- E de mim, o que achas?
- Contigo é diferente. És meu amigo.
- Então?
- Suficiente.
- Suficiente?
- Para ti é bom.
- E tu, como te consideras?
- Um líder.
- Pois, mas como te classificas?
- Excelente.
- Bate certo.
- Também me achas excelente?
- Foi isso que eu disse à polícia.
- À polícia?
- Eles descobriram a golpada mas eu disse-lhes que tu, como líder, tinhas sido excelente.
GUERRA E PAZ
Beijou-o. Pôs naquele beijo todo o seu amor e desespero. A suástica alastrava pela Europa e estava prestes a separá-los. Olhava-o e sentia a carícia das suas palavras enquanto recebia o pequeno vaso: - São miosotis. Cuida-os, como símbolo do nosso amor. Partiu por entre promessas de cartas e de regresso. Lutou valente mas a guerra foi-lhe tomando o ânimo, as forças, os companheiros. Caiu prisioneiro. Foi dado como morto. Pararam as cartas. Parou o tempo na passagem dos meses e dos anos. A queda do monstro deu-lhe o regresso prometido. Correu para casa. Dela. Encontrou-a vazia. Uma vizinha mal refeita por vê-lo vivo disse-lhe que partira com o marido para um lugar distante. Tentou escorar as mãos mas não encontrou os bolsos. Recuou uns passos. Tropeçou desajeitado num grande vaso do jardim. Eram miosotis. Bem cuidados.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
QUE PENA...
Das duas vezes chegaram a tempo. Maldita sorte. Maldito azar. Da próxima vez não deixaria que o prendessem. Ao tempo. Planeara ao pormenor. Faltava encontrar o momento. Contrafeito deu tempo ao tempo. Uma noite atou o cinto que escondera às grades da cela, prendeu o pescoço e deixou-se cair. Esperneou, estrebuchou, abriu os braços para o instante libertador, mas eles chegaram. A destempo. Diziam que era a encarnação do mal, que merecia a morte. Nunca conseguira dominar a sua natureza. Nem sabia se alguma vez o quisera. Então por que o salvavam? Por que teimavam em dar-lhe tempo? No dia seguinte, depois de uma generosa refeição informaram-no do adiamento. Mais um contratempo. Dez anos depois deram-lhe a injecção letal. Cumpriu-se a sentença. Em tempo.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
BILHARADAS
- Estou teso
- Saíste do defeso?
- E tenho o maçarico aceso
- Olha que ainda vais preso
- Eu incendeio, mas saio ileso
- Também gostava, mas estou obeso
- É fácil, perde peso
- Olha, fiquei teso!
- Tens o maçarico aceso?
- Nada disso. Não vejo a bola para tacar
- Dá desprezo.
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