sexta-feira, 10 de novembro de 2017

TRUMP ALHADAS e KIM BALHOTAS



As portas do saloon rangeram e ele entrou. Franziu a testa, semi cerrou os olhos e avançou gingando ao som metálico das esporas. O outro aguardava-o, esbatido pelo fumo espesso da sala suspensa.
-  Se tens amor à vida, é bom que respeites esta estrela.
O outro esboçou um sorriso amarelo e provocou:
- Estás a falal dessa polcalia felugenta que tlazes ao dependulo?
As mãos de ambos crisparam-se sobre os revólveres e a sala ficou ainda mais suspensa.
- Se voltas a repetir isso, encho-te de chumbo. 
- E tu, se me voltas a ameaçal moldelás a poeila do chão. 
- Não tarda, vou dar-te um fato de madeira. 
- Antes disso estalás clivado de balas
- Vou mandar-te para os confins do inferno. 
- Vê lá se queles um bulaco na tola. 
Muito, mas mesmo muito tempo depois, as ameaças sucediam-se a bom ritmo. A sala é que já não estava suspensa. Os presentes foram saindo que era hora da bola. O dono do saloon, saturado, teve um papel nuclear; tirou-lhes as armas e pô-los na rua.

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