terça-feira, 14 de novembro de 2017

"GNR deixa de fazer segurança a casa de Ministro da Administração Interna depois de polémica com o cão"



Ilustríssimo Sr. Dr. e Primeiro-Ministro António Costa:

Daqui é o cão do Cabrita. Peço-lhe reserva na divulgação desta missiva porque nos tempos que correm são sete cães a um osso por uma notícia. Sei quão bonita é a amizade que o une ao meu dono por culpa da qual, aliás, fez dele ministro. Sei que o moveram as mais elogiosas intenções mas, creia-me, tal facto revelou-se fatal para a minha qualidade de vida. 
V. Exa. já cá tinha vindo pescar a sua amiga e minha dona para ministra do mar. Isso não me ajudou mas, desde que levou o meu dono, piorou muito. Agora tenho uns rafeiros à porta que não me dão sossego. Querem entrar à viva força e, diz-me o meu faro, com a intenção de virem alçar a pata na piscina.
Confidencio-lhe que não sou o único a passar por momentos de justificada ansiedade. Afianço-lhe que todos os cães dos seus amigos que ainda não levou para o governo estão deveras receosos. E os donos, esses, nem é bom falar. Já diz o velho provérbio, "quem tem cão tem medo". 

Peço-lhe o acolhimento do meu humilde pedido, transferindo os ditos rafeiros para tarefas de efectiva utilidade, quem sabe para o Panteão, de forma a prevenir novas tainadas. 

Apresento-lhe as minhas mais fiéis saudações caninas, que é como quem diz, Au, Au.

P.S. - se acaso lhe tiver suscitado admiração o facto de um cão lhe escrever, a explicação radica tão sómente em ter contratado o mesmo prestador de serviços a que recorre um companheiro seu, para escrever livros de reconhecido sucesso.

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