domingo, 20 de novembro de 2011
ZOOLOCRACIA
- Saíste-me cá uma mula! Relinchou o cavalo à dita
- Só estás bem na podridão. Piou o falcão ao abutre
- Tu gostavas era de ter o meu olho. Atirou o lince ao rinoceronte
- Se voltas a rir levas com a bengala. Rugiu o tigre à hiena
- Ao menos não rastejo como tu. Defendeu-se o rato da cascavel
- Pareces uma rala! Gritou a catatua ao papagaio
- Só sabes meter para o saco. Atiraram ao canguru
- E o que é que acontece onde pões a pata? Perguntou a formiga para avivar a memória ao elefante
- Mereces a vida que tens. Bufou o gato
- Fia-te nas tuas 7 e depois queixa-te. Rosnou o cão
- Ó hipopotamo? Andas sempre a banhos. Censurou a lontra
- Tá calada que tu só sabes comer. Atacou a raposa
- Olha quem fala! Cacarejaram as galinhas
- Agora que lembram tenho a barriga a dar horas. Queixou-se o cuco
- Todos falam, ninguém mexe uma palha e eu é que pago? Revoltou-se a preguiça
- Acabem com as macacadas! Irritou-se o chimpanzé
De súbito uma voz potente ordenou: - Tudo calado que é hora de recolher. Fez-se silêncio. A seguir o guarda da assembleia da república fechou a porta pesada e, aliviado, foi ver um filme do tempo em que os animais não falavam.
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