Lembras-me alguém, talvez de mim. Lembras-me de mundos que inventei em brincadeiras de crianças. Lembras-me de voar em papagaios feitos de vento e de ser rei e plebeu em histórias de adormecer. Lembras-me de casas pequeninas e de pássaros com pernas longas pousados em desenhos que a vida coloria. Lembras-me de correrias alegres e de cansaços felizes. Lembras-me de sorrisos e de beijos nascidos de abraços que queria eternos. Lembras-me das minhas fraquezas, dos meus medos, da dor dos meus erros. E lembras-me do amor assim imperfeito em que me dei a cada instante. Sei que neste mundo tudo é frágil, tudo passa, mas eu não me esqueci. E tu, lembras-te, meu filho?
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