Todos se queixavam do frio. Ele não. Todos corriam na azáfama das compras obrigatórias. Ele permanecia imóvel a ver. Todos sonhavam com plásticas à cara. Ele tinha orgulho na sua cenoura. Todos se fecharam em casa a alambazarem-se com a ceia. Ele ficou na rua a contemplar a pequena labareda da lanterna do alpendre. E ali continuou. Foi preciso a Primavera para o levar.
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