- Ó Vimara.
- Diz Peres.
- É preciso uma revolução.
- Porquê?
- Isto está uma vergonha.
- Especifica.
- A campanha.
- Tens razão. Os que andam a dizer que têm as soluções foram os que a deixaram entrar.
- Ó Vimara, quem entrou?
- A troika.
- A proika?
- Não Peres, a troika!
- Atroika?
- Não Peres, troika!
- Eu não te dizia, é preciso uma revolução.
domingo, 29 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
JUNTA DE VOYS
- Gostava de ser voy.
- Voi? Sentes-te vem?
- Tou-te a dizer; voy.
- E quando fores voi, juntas-te com uma baca?
- Não é isso, voy é um gajo com jov.
- Jov? Eles deram vom tempo.
- Nunca ouviste falar dos jovs fore de voys?
- Não, só ouvi falar dos vois de Montalegre.
- Voys são os que andam a sacar jovs na política.
- Parece-me vom.
- E ganhas vem sem vulir.
- Então, tamvém quero ser voi.
- Encosta-te a um vacano influente.
- Ouve, eu não sou de avafar a palhinha.
- Eu tamvém não.
- Então vamos continuar a ser o que somos.
- O quê?
- Vois sem jov.
- Voa, voy.
- Ó voi, pede mais dois pó caminho.
terça-feira, 24 de maio de 2011
CAMPANHAS (DAS) VELHAS
- Estou consoladinha, filha.
- Também eu.
- Dei para cima de 150 Kisses.
- Eu outros tantos.
- E mais de 50 xis.
- Ai ninas!
- Eu cá agarro-os pela cintura e nunca mais os largo, filha.
- Às vezes dá-lhes para correr. Obrigam-me a entrar de carrinho.
- O africano tentou fugir-me uma vez mas fiz-lhe uma pega de cernelha que nem ai disse.
- Quantos enfiaste a esse, filha?
- Doze. Onze na bochecha esquerda que é onde ele gosta menos e um ao centro, na penca.
- Dos normais?
- Não. Dos repenicados.
- Sabes, filha, ontem apanhei o da lavoura.
- Quem?
- O que diz que gosta dos lavradores, dos pobrezinhos mas depois trata a família e os amigos por você.
- Que lhe fizeste?
- Imobilizei-o com uma gravata e enfiei-lhe tantos dos rechonchudos que até ficou roxo.
- Estás em grande, filha!
- Quando parei, o pincelito de cabelo que ele tem a tapar a careca estava todo em pé. Parecia ougado.
- O mais difícil para mim foi o que diz que é engenheiro. Não queria.
- Como é que foi?
- Meti-lhe um joelho nas costas, puxei-o para trás e disse-lhe: - Põe-te manso.
- E ele?
- Respondeu que manso era a minha tia mas não teve tempo para mais. Enfiei-lhe 15 dos lambuzados com batom rosa que até andou de lado.
- E depois, filha?
- Só o larguei quando me deu todos os porta chaves e todas as canetas que tinha.
- Eu, filha, estou cheia de sacos plásticos. São bons para o lixo.
- Olha, amanhã vou aplicar uma técnica nova que me ensinou o meu neto.
- O mais novo?
- Não, o que anda no râguebi.
- Boa, filha. Agora vamos para dentro que à noite refresca.
- E este tempo é desgraçado para os ossos.
- Boa campanha para amanhã, filha.
- Igualmente, filha.
- Também eu.
- Dei para cima de 150 Kisses.
- Eu outros tantos.
- E mais de 50 xis.
- Ai ninas!
- Eu cá agarro-os pela cintura e nunca mais os largo, filha.
- Às vezes dá-lhes para correr. Obrigam-me a entrar de carrinho.
- O africano tentou fugir-me uma vez mas fiz-lhe uma pega de cernelha que nem ai disse.
- Quantos enfiaste a esse, filha?
- Doze. Onze na bochecha esquerda que é onde ele gosta menos e um ao centro, na penca.
- Dos normais?
- Não. Dos repenicados.
- Sabes, filha, ontem apanhei o da lavoura.
- Quem?
- O que diz que gosta dos lavradores, dos pobrezinhos mas depois trata a família e os amigos por você.
- Que lhe fizeste?
- Imobilizei-o com uma gravata e enfiei-lhe tantos dos rechonchudos que até ficou roxo.
- Estás em grande, filha!
- Quando parei, o pincelito de cabelo que ele tem a tapar a careca estava todo em pé. Parecia ougado.
- O mais difícil para mim foi o que diz que é engenheiro. Não queria.
- Como é que foi?
- Meti-lhe um joelho nas costas, puxei-o para trás e disse-lhe: - Põe-te manso.
- E ele?
- Respondeu que manso era a minha tia mas não teve tempo para mais. Enfiei-lhe 15 dos lambuzados com batom rosa que até andou de lado.
- E depois, filha?
- Só o larguei quando me deu todos os porta chaves e todas as canetas que tinha.
- Eu, filha, estou cheia de sacos plásticos. São bons para o lixo.
- Olha, amanhã vou aplicar uma técnica nova que me ensinou o meu neto.
- O mais novo?
- Não, o que anda no râguebi.
- Boa, filha. Agora vamos para dentro que à noite refresca.
- E este tempo é desgraçado para os ossos.
- Boa campanha para amanhã, filha.
- Igualmente, filha.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
EU? ISSO É QUE ERA VOM!
- Somos um grande povo.
- Pois somos.
- Savemos lutar pelos nossos interesses.
- Pois savemos, mas olha que quando foi das Scuts,
- Que tem as Scuts?
- Uns lutavam contra as portagens,
- E vem.
- E outros lutavam para sacar as isenções.
- E vem tamvém.
- Então que fizestes?
- Mandei o meu filho contra as portagens e a minha mulher para a fila das isenções.
- E tu?
- Tive que ir matar a sede.
- Voa. E mais?
- Somos um povo que save assumir responsavilidades.
- Não me digas que te sentes responsável pela vinda dos FMIs?
- É grupe.
- Eu tamvém não.
- Não fui eu que os chamei.
- Nem eu.
- Nesse dia eu até estava aqui.
- Como eu.
- A gente não temos culpa.
- Avsolutamente.
- Então, de consciência tranquila, pede mais dois pó caminho.
- Pois somos.
- Savemos lutar pelos nossos interesses.
- Pois savemos, mas olha que quando foi das Scuts,
- Que tem as Scuts?
- Uns lutavam contra as portagens,
- E vem.
- E outros lutavam para sacar as isenções.
- E vem tamvém.
- Então que fizestes?
- Mandei o meu filho contra as portagens e a minha mulher para a fila das isenções.
- E tu?
- Tive que ir matar a sede.
- Voa. E mais?
- Somos um povo que save assumir responsavilidades.
- Não me digas que te sentes responsável pela vinda dos FMIs?
- É grupe.
- Eu tamvém não.
- Não fui eu que os chamei.
- Nem eu.
- Nesse dia eu até estava aqui.
- Como eu.
- A gente não temos culpa.
- Avsolutamente.
- Então, de consciência tranquila, pede mais dois pó caminho.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
ORA VOLAS!
- Tou revoltado.
- Acavou a pinga?
- Não. Querem tirar férias ó pessoal.
- Quem?
- Os gajos do garveto.
- Travalhar sem férias?
- É desumano.
- E querem aumentar a idade da reforma.
- Não há direito.
- Ao descanso.
- Depois de uma vida de travalho.
- É desumano.
- A culpa é dos políticos.
- Esses é que travalham!
- Vai no Vatalha!
- Mas têm voas reformas.
- É uma chuchadeira.
- A gente segue-lhes o exemplo.
- E ficamos a valões de soro.
- É desumano.
- Ó mano, pede mais dois valões pó caminho.
- Acavou a pinga?
- Não. Querem tirar férias ó pessoal.
- Quem?
- Os gajos do garveto.
- Travalhar sem férias?
- É desumano.
- E querem aumentar a idade da reforma.
- Não há direito.
- Ao descanso.
- Depois de uma vida de travalho.
- É desumano.
- A culpa é dos políticos.
- Esses é que travalham!
- Vai no Vatalha!
- Mas têm voas reformas.
- É uma chuchadeira.
- A gente segue-lhes o exemplo.
- E ficamos a valões de soro.
- É desumano.
- Ó mano, pede mais dois valões pó caminho.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
AVATE O DEVATE
- Aquele tá com voa cor.
- E tem um rico colarinho.
- Mas é um vocado viscoso.
- E falta-lhe espessura.
- Donde é?
- Dizem que é de Trás-Os-Montes.
- Voa terra.
- Mas há quem diga que é africano.
- O outro é mais ácido.
- E mais seco.
- Enrola-se na língua.
- Deve ser de uma rica casta.
- Será Trincadeira?
- Olha que amvos deixam vorra.
- Pois, estão carregados de casca.
- Eu gosto deles mais cristalinos.
- E eu gosto deles mais límpidos.
- Ouve, já tou cheio de devates políticos.
- Então apaga a TV e pede mais dois pó caminho.
- E tem um rico colarinho.
- Mas é um vocado viscoso.
- E falta-lhe espessura.
- Donde é?
- Dizem que é de Trás-Os-Montes.
- Voa terra.
- Mas há quem diga que é africano.
- O outro é mais ácido.
- E mais seco.
- Enrola-se na língua.
- Deve ser de uma rica casta.
- Será Trincadeira?
- Olha que amvos deixam vorra.
- Pois, estão carregados de casca.
- Eu gosto deles mais cristalinos.
- E eu gosto deles mais límpidos.
- Ouve, já tou cheio de devates políticos.
- Então apaga a TV e pede mais dois pó caminho.
domingo, 15 de maio de 2011
CUIDADO COM A VICHEZA
- Alguma vez tentastes ao pedor?
- Tentei uma.
- E então?
- Levei com um vivelô na caveça.
- Desististes?
- Não. Resolvi.
- Pela força?
- Não. Pelo vago.
- Tinhas lauras?
- Um gajo facilitou-me.
- Emprestou-te graveto para ires ao pomval?
- É um gajo varil.
- Ai sim?
- Tamvém já fez as suas tentativas.
- Ao pedor.
- Não, havia de ser ao salto com vara.
- Quem é esse varviva?
- É um FMI.
- FMI?
- Fulano Muito Intesado.
- Percevi-te. Pede mais 2 vem aviados pó caminho.
- Tentei uma.
- E então?
- Levei com um vivelô na caveça.
- Desististes?
- Não. Resolvi.
- Pela força?
- Não. Pelo vago.
- Tinhas lauras?
- Um gajo facilitou-me.
- Emprestou-te graveto para ires ao pomval?
- É um gajo varil.
- Ai sim?
- Tamvém já fez as suas tentativas.
- Ao pedor.
- Não, havia de ser ao salto com vara.
- Quem é esse varviva?
- É um FMI.
- FMI?
- Fulano Muito Intesado.
- Percevi-te. Pede mais 2 vem aviados pó caminho.
sábado, 14 de maio de 2011
TRAZ UM AMIGO TAMVÉM
- Onde é a Finlândia?
- É longe.
- Vem me parecia.
- Então?
- Aquilo não é gente que goste de pinga.
- Ó diavo!
- E quem não gosta de pinga não é amigo.
- E quem não é amigo não ajuda.
- E sem ajuda não pinga.
- Portantos, a pinga é a seiva da amizade.
- Voa malha!
- Se eles não são amigos que vevam água.
- Eu gosto mais de dão meia encosta.
- Dá cá um avraço.
- Até te dou dois.
- Lemvrás-te vem, pede mais dois pó caminho.
- É longe.
- Vem me parecia.
- Então?
- Aquilo não é gente que goste de pinga.
- Ó diavo!
- E quem não gosta de pinga não é amigo.
- E quem não é amigo não ajuda.
- E sem ajuda não pinga.
- Portantos, a pinga é a seiva da amizade.
- Voa malha!
- Se eles não são amigos que vevam água.
- Eu gosto mais de dão meia encosta.
- Dá cá um avraço.
- Até te dou dois.
- Lemvrás-te vem, pede mais dois pó caminho.
terça-feira, 10 de maio de 2011
MEIO MOSTO
Gosto de branco
E gosto de tinto
Ai que gosto tanto
Ai que não minto
Gosto de verde
Nem gota se perde
E gosto de palhete
Sem fazer frete
Bebo americano
Para limpar o cano
Depois espumante
Que me faz galante
Segue-se o generoso
Que me põe jeitoso
E ainda de pé
Emborco um Rosé
Já meio torto
Atraco num Porto
E para a digestão
Marcha um carrascão
Mas para o caminho
Preciso de vinho
E de aguardente
Para chegar quente
Antes do ninho
Bebo um alvarinho
Se sobrar espaço
Remato com bagaço
E fico como o aço.
E gosto de tinto
Ai que gosto tanto
Ai que não minto
Gosto de verde
Nem gota se perde
E gosto de palhete
Sem fazer frete
Bebo americano
Para limpar o cano
Depois espumante
Que me faz galante
Segue-se o generoso
Que me põe jeitoso
E ainda de pé
Emborco um Rosé
Já meio torto
Atraco num Porto
E para a digestão
Marcha um carrascão
Mas para o caminho
Preciso de vinho
E de aguardente
Para chegar quente
Antes do ninho
Bebo um alvarinho
Se sobrar espaço
Remato com bagaço
E fico como o aço.
AI NUM TRAVALHO
- Andas a vulir?
- Até ber.
- Que é que fazes?
- Candonga.
- Dá vago?
- Bibe-se.
- Eu ando entalado entre duas tavuletas.
- Duas?
- A da frente diz compra-se ouro, a de trás pratas e relógios.
- E que tal?
- É secante.
- Dá sede?
- Já se vevia.
- Voa vola. Pede mais dois pó caminho.
- Até ber.
- Que é que fazes?
- Candonga.
- Dá vago?
- Bibe-se.
- Eu ando entalado entre duas tavuletas.
- Duas?
- A da frente diz compra-se ouro, a de trás pratas e relógios.
- E que tal?
- É secante.
- Dá sede?
- Já se vevia.
- Voa vola. Pede mais dois pó caminho.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
BOTA MUITO
- Bou pá política.
- Bais mas é dar vanho ao com
- Eu seja com se num bou
- Como é que bais se tás sempa vêvado?
- Tás a ber mal
- Num sejas aldravão
- E qual é o provlema de ir?
- Ninguém perceve o que dizes
- E achas que alguém perceve o que diz os gajos da política?
- Ora vem...
- Então?
- Mas andas sempre vadalhoco.
- E eles num ando sempe metidos na lama?
- E quando é que começas a campanha?
- Já comecei
- Quando?
- Agora
- Ainda vem. Já num boto vranco
- Pois nom. Botas tinto
- Voa malha. Pede mais 2 pó caminho.
NUM VRINQUES
- Vem vom.
- Vem vom o quê?
- As eleições.
- Gostas de eleições?
- Num bou à vola.
- Então por que é que é vem vom?
- Porque bou botar.
- Nas outras num botastes?
- É grupe.
- E agora?
- Boto.
- Em quem?
- Sei lá vem.
- Num vrinques.
- É o que te digo.
- Porquê?
- Desta vez antes de botar já sabemos quem manda.
- Quem é?
- Os gajos do estrangeiro que têm o graveto.
- Voa vola. Pede mais 2 pó caminho.
- Vem vom o quê?
- As eleições.
- Gostas de eleições?
- Num bou à vola.
- Então por que é que é vem vom?
- Porque bou botar.
- Nas outras num botastes?
- É grupe.
- E agora?
- Boto.
- Em quem?
- Sei lá vem.
- Num vrinques.
- É o que te digo.
- Porquê?
- Desta vez antes de botar já sabemos quem manda.
- Quem é?
- Os gajos do estrangeiro que têm o graveto.
- Voa vola. Pede mais 2 pó caminho.
domingo, 8 de maio de 2011
SE CONDUZIRES NUM VEVAS
- Tão cá uns gajos pa nos ajudar.
- Quais gajos?
- Os da troika.
- Gente voa?
- Num sei, mas tão cheios de vago.
- Ouve vem o que te digo; só há três gajos que nos pode ajudar.
- Quem?
- O Macgyber, o Stallone e o Karamva.
- O Karamva tamvém?
- O gajo num cura varrigas inchadas e pessoas traídas? Então?
- Voa vola. Pede mais dois pó caminho.
- Quais gajos?
- Os da troika.
- Gente voa?
- Num sei, mas tão cheios de vago.
- Ouve vem o que te digo; só há três gajos que nos pode ajudar.
- Quem?
- O Macgyber, o Stallone e o Karamva.
- O Karamva tamvém?
- O gajo num cura varrigas inchadas e pessoas traídas? Então?
- Voa vola. Pede mais dois pó caminho.
TRUCA - TRUCA
- Está cá a troika.
- Óptimo, preciso de uns troikados.
- Ai agora já precisas de troikos?
- Ó pá, não podes ver ninguém troikar de ideias.
- Tu não troikas de ideias. Tu és um troika - tintas.
- Lá estás tu com troikadilhos.
- E tu metido na troika do lobo.
- Óptimo, preciso de uns troikados.
- Ai agora já precisas de troikos?
- Ó pá, não podes ver ninguém troikar de ideias.
- Tu não troikas de ideias. Tu és um troika - tintas.
- Lá estás tu com troikadilhos.
- E tu metido na troika do lobo.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
LUSOFILOSOFIAS
- Ó Itapu, tu sabe uma coisa?
- Ainda não, Libório.
- Ontem sentou um gajo de cá ó meu lado no metro.
- E aí?
- Falou para eu que não encontrava o sentido.
- Sentido do quê, cara?
- Começou a dizer que num sabia donde vinha nem para onde ia, pá.
- E cê?
- Eu disse para ele: - se tu num sabe donde vem, eu num posso fazer nada mas, se tu quiser ir para argum lado, eu posso ajudar tu.
- E ele?
- Disse que também num sabia quem era.
- E cê?
- Eu disse: - mau, mau, se tu num sabe donde vem, num sabe para onde vai e num sabe quem é, então tu num devia ter apanhado o metro, pá.
- E ele?
- Disse que eu num estava a preceber.
- E cê?
- Eu falei: - tu é que num tá, pá. Tu num sabe donde veio proque tu veio do tasco, tu num sabe quem é proque tu tá ramado e tu num sabe para onde vai proque tu já num lembra onde é a tua casa.
- Boa, bicho. Quem seria o cara?
- Cá pra eu, estudante da queima, pá.
- Ainda não, Libório.
- Ontem sentou um gajo de cá ó meu lado no metro.
- E aí?
- Falou para eu que não encontrava o sentido.
- Sentido do quê, cara?
- Começou a dizer que num sabia donde vinha nem para onde ia, pá.
- E cê?
- Eu disse para ele: - se tu num sabe donde vem, eu num posso fazer nada mas, se tu quiser ir para argum lado, eu posso ajudar tu.
- E ele?
- Disse que também num sabia quem era.
- E cê?
- Eu disse: - mau, mau, se tu num sabe donde vem, num sabe para onde vai e num sabe quem é, então tu num devia ter apanhado o metro, pá.
- E ele?
- Disse que eu num estava a preceber.
- E cê?
- Eu falei: - tu é que num tá, pá. Tu num sabe donde veio proque tu veio do tasco, tu num sabe quem é proque tu tá ramado e tu num sabe para onde vai proque tu já num lembra onde é a tua casa.
- Boa, bicho. Quem seria o cara?
- Cá pra eu, estudante da queima, pá.
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