Finalmente a alegria
Da casa na periferia
Mas veio o Mexia
De quem ninguém fugia
Com a vil tirania
E ligou-o à corrente
Como se não fosse gente
E todo contente
Sugou-o impunemente
Ao pobre Zé
Ainda de pé
Mas já sem o pré
Resta-lhe a fé
Pede ao criador
Que lhe faça um favor
Meta um reactor
No grande estupor
E o leve pelo ar
Em direcção ao mar
Até um raio passar
E o electrocutar
Ou o lance de uma barragem
Para acabar a rapinagem
E nessa viagem
Lhe cobre portagem
Mas nada acontece
Continua o Mexia
A engordar a enxovia
E a fazer razia
A fartar a vilania
O povo esmorece
O povo empobrece
É pesada a cruz
E quase não há luz
Sem comentários:
Enviar um comentário