- Ó costa, o que é que se comemora no 25 de Abril?
- A revolução dos cravos
- Tens a certeza?
- Tenho cão, porquê?
- Com tanta gente a sacar?
- Que é que tem?
- Devia era assinalar-se a revolução dos cravas
- Ó costa, tenho andado a pensar sobre a liberdade
- E a que conclusão chegaste, cão?
- Tou preocupado
- Porquê?
- Sinto falta de liberdade, costa
- Mas eu deixo-te andar à solta, cão
- Não estou a falar de mim
- Então, de quem estás a falar?
- De ti. Não há maneira de te livrares da trela que te puseram, costa
- Ó cão
- Sim, costa
- O governo diz que isto está cada vez melhor
- Custa não custa, costa?
- Custa o quê, cão?
- O que estás a sentir
- O que é que eu estou a sentir?
- O mesmo que eu, quando me atiras o osso de plástico
- Ó cão
- Diz, costa
- És um felizardo
- Porquê?
- Não pagas impostos
- E depois?
- Não tens de trabalhar para comer
- E que mais?
- Não tens a casota hipotecada
- Até para ser cão é preciso ter sorte, costa
- Pois, mas eu é que me quilho
- Porquê?
- Tenho uma vida de cão
- Ó cão
- ...............
- Ó CÃO!
- ...............
- Ó CÃÃÃÃÃOOO!
- Não grites, costa, que eu ouço bem
- Como é que ouves bem se tavas a dormir!
- Não tava nada, costa
- Então?
- Tava em reflexão presidencial
- E ofereces flores, costa
- Pois ofereço, cão
- E ofereces jantares e anéis
- E depois?
- Ainda tens de a levar ao colo pó quarto
- E depois?
- E também levas o barry white
- Claro, para compor o ambiente
- É muito, costa
- Sabes o que te digo, cão?
- Sim, costa
- Vocês, os cães, têm insensibilidade romântica
- Não, temos é poder de síntese
- Ó costa, olhó um polícia!
- Não pode ser
- E é dos meus
- Onde?
- À tua frente, não pises
- ...............
- Ó CÃO!
- ...............
- Ó CÃÃÃÃÃOOO!
- Não grites, costa, que eu ouço bem
- Como é que ouves bem se tavas a dormir!
- Não tava nada, costa
- Então?
- Tava em reflexão presidencial
- E ofereces flores, costa
- Pois ofereço, cão
- E ofereces jantares e anéis
- E depois?
- Ainda tens de a levar ao colo pó quarto
- E depois?
- E também levas o barry white
- Claro, para compor o ambiente
- É muito, costa
- Sabes o que te digo, cão?
- Sim, costa
- Vocês, os cães, têm insensibilidade romântica
- Não, temos é poder de síntese
- Ó costa, olhó um polícia!
- Não pode ser
- E é dos meus
- Onde?
- À tua frente, não pises
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