sábado, 3 de novembro de 2012

AMOR DE CONTO


Era uma vez um conto com muito para contar, mas por mais que se esforçasse não sabia começar. Só via folhas em branco que o afundavam num pranto e na dor em que vivia. Gritava mudo ao mundo mas o mundo não ouvia. E já se enredava o conto na sua triste desdita quando, como por encanto, lhe surgiu a bela escrita. Por ela se enamorou e nos braços a tomou. E desse amor tão intenso nasceu um mar imenso. De palavras. E o conto nunca mais soube parar. De amar a bela escrita e de contar.

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