- O que fazes?
- Faço que faço.
- E fazes bem?
- Faço.
- Quer dizer, não fazes.
- Isso é que faço. Faço para parecer que faço.
- Isso também eu faço.
- Fazes por isso?
- Faço parecer isso.
- Ainda bem. Detesto os que não fazem.
- Mas tu não fazes...
- Estou a falar dos que não fazem e não fazem que fazem.
- Ah esses. Não merecem que se faça nada por eles.
- Mas detesto ainda mais os outros.
- Quais?
- Os que fazem.
- Os que fazem mas não sabem o que fazem?
- Não, os que fazem.
- Os que fazem e depois dizem que não fizeram?
- Não, pá, os que fazem mesmo.
- Ah, esses! São uma ameaça.
- Pois, ao fazerem mostram que não fazemos.
- Sabes o que lhes faço?
- O que fazes?
- Faço-lhes a vida negra.
- E eu faço com que pareça que não fazem o que fazem.
- E eu faço com que pareça que não fazem o que fazem.
- Bem feito.
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