quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
DESEJOS
Estava ali sem saber há quanto tempo. Pior, estava ali sem saber se tinha valido a pena estar ali. Sabia que tinha a ver com uma jura de amor eterno. Sabia que fora ele a lançá-la a pedido dela. Sabia que ela o beijara apaixonadamente depois. Já no fundo viu-os partir abraçados pela felicidade que selara. Nunca mais voltaram. Talvez se mantivessem felizes. Talvez. Agora estava ali, no fundo. No início sentiu que o seu destino, bruscamente alterado, fazia sentido. Agora tinha dúvidas. Muitas dúvidas que a oxidavam e lhe enegreciam a cara e a coroa. Talvez voltassem. Um dia. E assim continuou a pequena moeda no fundo da Fonte de Trevi entregue às suas dúvidas existenciais.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
BOLSA DE VALORES
- Viste a inteligência?
- Não.
- E o bom senso?
- Também não.
- Costumavam trabalhar juntos.
- A estupidez despediu-os.
- E a incompetência?
- Arranjou um bom emprego.
- Como?
- Meteu a cunha.
- A quem?
- À mentira.
- E o compadrio?
- É Administrador num Instituto Público.
- E que tal?
- Dizem que levou para lá as amigas.
- Quem?
- A intriga e a vigarice.
- Que lugar ocupam?
- O do mérito.
- E esse?
- Teve de emigrar.
- E a corrupção?
- Globalizou-se.
- E a honestidade?
- Foi atropelada pela ganância.
- O que aconteceu?
- A honestidade está por um fio. A ganância está em grande.
- Como conseguiu?
- A impunidade tratou do assunto.
- E a arrogância?
- Anda inchada.
- Engordou?
- Quase tanto como a vaidade.
- A culpa é da hipocrisia que as alimenta.
- Hipocrisia?
- Sim, a que anda disfarçada de decência.
- Não foi essa que atacou a educação?
- Foi. Deixou-a moribunda.
- E tu, esperança, como estás?
- Estou hipotecada.
- E tu justiça?
- Estou no prego.
- Não.
- E o bom senso?
- Também não.
- Costumavam trabalhar juntos.
- A estupidez despediu-os.
- E a incompetência?
- Arranjou um bom emprego.
- Como?
- Meteu a cunha.
- A quem?
- À mentira.
- E o compadrio?
- É Administrador num Instituto Público.
- E que tal?
- Dizem que levou para lá as amigas.
- Quem?
- A intriga e a vigarice.
- Que lugar ocupam?
- O do mérito.
- E esse?
- Teve de emigrar.
- E a corrupção?
- Globalizou-se.
- E a honestidade?
- Foi atropelada pela ganância.
- O que aconteceu?
- A honestidade está por um fio. A ganância está em grande.
- Como conseguiu?
- A impunidade tratou do assunto.
- E a arrogância?
- Anda inchada.
- Engordou?
- Quase tanto como a vaidade.
- A culpa é da hipocrisia que as alimenta.
- Hipocrisia?
- Sim, a que anda disfarçada de decência.
- Não foi essa que atacou a educação?
- Foi. Deixou-a moribunda.
- E tu, esperança, como estás?
- Estou hipotecada.
- E tu justiça?
- Estou no prego.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
É PSICOLÓGICO
- Vais ao médico?
- Não posso.
- Porquê?
- A crise.
- E os anti depressivos?
- Não compro.
- Porquê?
- A crise.
- E as propinas do teu filho?
- Não.
- Porquê?
- A crise.
- E a prestação da casa?
- Para o mês que vem.
- Porquê?
- A crise.
- E a luz?
- Mais tarde.
- A água ?
- Depois.
- O Gas?
- Um dia destes.
- Então?
- A crise.
- E o carro? Vais vendê-lo?
- Vou. Entregam-me o novo para a semana.
- Não posso.
- Porquê?
- A crise.
- E os anti depressivos?
- Não compro.
- Porquê?
- A crise.
- E as propinas do teu filho?
- Não.
- Porquê?
- A crise.
- E a prestação da casa?
- Para o mês que vem.
- Porquê?
- A crise.
- E a luz?
- Mais tarde.
- A água ?
- Depois.
- O Gas?
- Um dia destes.
- Então?
- A crise.
- E o carro? Vais vendê-lo?
- Vou. Entregam-me o novo para a semana.
MEDÍOCRACIA
- Achas que posso?
- Os novos estádios? Claro.
- E dinheiro?
- Eles pagam.
- E as auto- estradas?
- Avança.
- E dinheiro?
- Eles pagam.
- E os submarinos?
- Quanto mais pró fundo melhor.
- E quem paga?
- Eles pagam.
- E o Banco que está manco?
- Nacionaliza-se.
- Com que dinheiro?
- Com o que houver.
- Não chega.
- O resto, eles pagam.
- E a renovação da frota automóvel?
- É prioritário.
- E dinheiro?
- Desvia-se do Susídio de Desemprego.
- Já desviamos para os pareceres jurídicos.
- Então eles pagam.
- E a crise?
- Qual crise?
- A crise.
- Ah, eles aguentam.
- E as próximas eleições?
- Eles votam.
- E a seguir?
- Mete-se um imposto extraordinário.
- E eles?
- Pagam.
- Os novos estádios? Claro.
- E dinheiro?
- Eles pagam.
- E as auto- estradas?
- Avança.
- E dinheiro?
- Eles pagam.
- E os submarinos?
- Quanto mais pró fundo melhor.
- E quem paga?
- Eles pagam.
- E o Banco que está manco?
- Nacionaliza-se.
- Com que dinheiro?
- Com o que houver.
- Não chega.
- O resto, eles pagam.
- E a renovação da frota automóvel?
- É prioritário.
- E dinheiro?
- Desvia-se do Susídio de Desemprego.
- Já desviamos para os pareceres jurídicos.
- Então eles pagam.
- E a crise?
- Qual crise?
- A crise.
- Ah, eles aguentam.
- E as próximas eleições?
- Eles votam.
- E a seguir?
- Mete-se um imposto extraordinário.
- E eles?
- Pagam.
UM AMOR
Era a 12ª vez em Tribunal. A vítima fora agora uma balzaquiana endinheirada.
- Outra vez a roubar o coração de uma mulher! Acusou a Juíza.
Enquanto ouvia a descrição dos factos o pensamento fugiu-lhe para a verdadeira vocação, os auto-rádios. A concorrência crescente e alguns encontros inesperados com os proprietários haviam-no obrigado a mudar de segmento.
- Quer dizer alguma coisa em sua defesa? Finalizou a Juíza.
- Sim. O que se seguiu foi um regalo dramático. A juventude profundamente marcada pela ausência da mãe. A necessidade de carinho nunca preenchida. O ar orfão treinado pelo advogado. As pedras da calçada não resisitiriam. A Juíza também não. Foi em paz. Acabava de roubar outro coração.
- Outra vez a roubar o coração de uma mulher! Acusou a Juíza.
Enquanto ouvia a descrição dos factos o pensamento fugiu-lhe para a verdadeira vocação, os auto-rádios. A concorrência crescente e alguns encontros inesperados com os proprietários haviam-no obrigado a mudar de segmento.
- Quer dizer alguma coisa em sua defesa? Finalizou a Juíza.
- Sim. O que se seguiu foi um regalo dramático. A juventude profundamente marcada pela ausência da mãe. A necessidade de carinho nunca preenchida. O ar orfão treinado pelo advogado. As pedras da calçada não resisitiriam. A Juíza também não. Foi em paz. Acabava de roubar outro coração.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
SUBSTÂNCIA NEUTRA
- Bem disposto?
- Sempre.
- Inimigos?
- Dou-me com toda a gente.
- Cor política?
- Não me meto.
- Clube de futebol?
- Não ligo.
- Religião?
- Há que ter fé.
- Desemprego?
- Vou trabalhando.
- Impostos?
- Que remédio.
- Criminalidade?
- Meti um alarme.
- Buraco de ozono?
- É a vida.
- Fome em África?
- É longe.
- Preço da gasolina?
- Meto sempre 15 Euros.
Consta que foi vendido recentemente como placebo.
- Sempre.
- Inimigos?
- Dou-me com toda a gente.
- Cor política?
- Não me meto.
- Clube de futebol?
- Não ligo.
- Religião?
- Há que ter fé.
- Desemprego?
- Vou trabalhando.
- Impostos?
- Que remédio.
- Criminalidade?
- Meti um alarme.
- Buraco de ozono?
- É a vida.
- Fome em África?
- É longe.
- Preço da gasolina?
- Meto sempre 15 Euros.
Consta que foi vendido recentemente como placebo.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
WIKIPEDIA
No Paleolítico Superior ocorreu um conflito entre os Neandertais e os Homens de Cro-Magnon de que resultou o extermínio dos primeiros e a ascensão dos Cro-Magnon. Estes habitavam cavernas que era onde se sentiam melhor. Os seus progressos foram notáveis ao nível dos utensílios e das armas que apresentavam um acabamento jeitoso. Materiais como a pedra eram lascados, o que deu a origem à conhecida expressão " mas que rica lasca". Fabricavam o arpão e o anzol e aos fins de semana liam o Expresso e o Sol. Alguns apenas passeavam com os jornais na mão por entre a tribo procurando ganhar a admiração dos incautos e a inveja dos outros. A vida social dos Cro-Magnon apresentava sinais claros de organização. A sua fixação e permanência nas cavernas não era definitiva, mas nunca se aventuravam para longe, não fosse o diabo tecê-las. As suas actividades eram a caça, a pesca e a má língua, onde se revelaram especialmente exímios. Os princípios básicos da vida em comunidade assentavam em duas demãos diárias de verniz marítimo, produto que inventaram não para protecção das embarcações de pesca mas para se destacarem pelo brilho que lhes conferia o produto. A divisão do trabalho existia sob a forma de um cooperativismo primário assente na máxima “ não tenho nada a ver com isso e mais a mais doi-me a cabeça". Foi na área da comunicação que os Cro-Magnon sentiram maiores dificuldades. As primeiras gerações não conseguiram evoluir para além da expressão curta o que, no entanto, não causou grandes perturbações porque "dar ao bigode" ou "entornar uns canecos" eram suficientes para assegurar a satisfação de quase todas as necessidades. O contacto posterior com outros povos determinou a absorção de uma grande variedade de influências verbais que, infelizmente, não conseguiram sintetizar, acabando por transformar a sua comunicação numa amálgama incongruente que, em regra, terminava com a contracção "...dasse". Na comunicação escrita não registaram igualmente uma evolução positiva em consequência da preferência dispensada à imagem o que os levou ao corte de cabelo, factor decisivo na redução dos tropeções e à substituição das peles de animais por casacos de trespasse com botões dourados ao estilo inglês. Não obstante a sua lenta progressão conseguiram melhorar significativamente a capacidade de drible e o instinto pirotécnico embora insistam em certos erros como o de considerarem que o Paleolítico Superior é uma "pinga de estalo". Nos dias de hoje continuam a ser fácilmente identificáveis embora tenham alterado a sua denominação de Cro-Magnon para Cro-Mos.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
TEM PICOS
Sonhou ser um futebolista famoso. Não passou de apanha bolas. Desejou ser piloto de caça. Não foi além de homem bala. Quis suicidar-se. A corda partiu e uma das pernas também. A enfermeira apresentou-o a um mister do futebol. Em menos de nada era empresário de futebolistas. Ficou rico e criou a sua empresa de aviação. A crise estalou. A fortuna voou. Sonhou ser pobre. As dívidas eram de rico. Quis suicidar-se. A corda não partiu.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
ESTADO DA NAÇÃO
- O Pu Pu é um espectáculo!
- Pu Pus é o que mais há por aí.
- Lá está você. Quando o Pu Pu jogava no seu era um predestinado.
- Um predestinado para o banco, isso sim. Acha que o Pu Pu se compara com o XiXi?
- O XiXi? O manco quer você dizer. Não era assim que lhe chamava quando jogava no meu?
- É pá, desculpem lá mas vocês os dois perdem muito tempo com conversa fiada, pá. Vejam as estatisticas.
- Isso quer dizer o quê?
- É pá, quer dizer que o Pu Pu e o XiXi juntos marcaram menos de metade dos golos do nosso Deitatecedo.
- Como?
- O Deitatecedo facturou 135 golos na época passada e 78 foram de pontapé de bicicleta. Vai buscar, pá.
- Você deve estar a incluir os golos dos treinos.
- Estou, estou pá, veja as estatisticas.
- Essas não falam dos penaltys nem dos fora de jogo roubados.
- As estatisticas falam do mais importante, pá, falam de campeonatos.
- Campeonatos? E quem é que tem mais sócios?
- Sócios? E quem é que tem mais receitas de transferências?
- Transferências? E quem é que tem mais modalidades amadoras, pá.
- Amadoras? E quem é que tem o maior estádio?
- Estádio? E quem é que tem a maior capitalização bolsista?
- Deixem-se de tretas, o meu é o maior.
- Não, pá, o meu é que é o maior.
- E o meu ainda é maior.
- Vejam as estatisticas, pá.
- Sabe onde é que deve meter as estatisticas, sabe?
Os senhores da Europa interromperam. Levantaram-nos das cadeiras, apertaram-lhes um pouco mais as camisas de forças e levaram-nos para dentro. Fim do Intervalo.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
SURFISTA
Amava o mar. Não pela sua beleza ou pelos seus segredos mas pelas ondas. Desde muito cedo que os seus olhos apontavam para a crista das ondas. Queria ser o Cavaleiro das Marés, aquele que nunca afundaria. Aperfeiçoava a técnica de forma obsessiva. Ensaiava vezes sem conta os Trimmings, os 360º, os Aéreos ou os Floaters. A sua especialidade era o Drop-In. Rápidamente tomava conta da onda de outro provocando-lhe a queda. Dropinou muitos. No início os companheiros, a seguir os amigos e a família, depois todos os que entendia que se intrometiam na sua cavalgada. Estava atento aos mínimos sinais. Assediava os patrocionadores mais poderosos. Lançava suspeitas sobre os competidores mais perigosos. Manipulava, escondia, falseava. Queria o mar só para si. Um dia não encontrou o seu mar. Apenas um imenso e desolador deserto. Uns senhores impecávelmente vestidos disseram-lhe que o tinham adquirido numa operação bolsista bem sucedida e o tinham levado para Leste. Naquele momento sentiu a sua vida desfazer-se em espuma. Teve vontade de se afogar mas não havia água. Ficou na prancha.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
É DO BARIL!
A piada está a chegar
Tem cuidado meu amigo
Não te deixes apanhar
Corre lesto para o abrigo
Já vem a dobrar a esquina
Rodopia em turbilhão
É mais forte que a morfina
Deixa-te a rolar pelo chão
É criação sibilina
De um ser predestinado
Que te entra pela narina
E te deixa a boca ao lado
Mas se acaso te caçar
Finge que não te incomoda
Antes uma para aturar
Que levar com a tropa toda
Tem cuidado meu amigo
Não te deixes apanhar
Corre lesto para o abrigo
Já vem a dobrar a esquina
Rodopia em turbilhão
É mais forte que a morfina
Deixa-te a rolar pelo chão
É criação sibilina
De um ser predestinado
Que te entra pela narina
E te deixa a boca ao lado
Mas se acaso te caçar
Finge que não te incomoda
Antes uma para aturar
Que levar com a tropa toda
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
NÃO SE FAZ
Sou matreiro, sou sagaz,
Sou valente e nada temo
Mas do que mais gosta este rapaz
É do alomba tu que eu gemo
Infelizmente apostei
No velho cavalo errado
Tanto sapato engraxei
Saíu-me tudo furado
Já de casaca virada
Em jogada de recurso
Ao novo dou a cantada
Ao antigo chamo-lhe urso.
Esta sina é de bradar
É injusta, não mereço
Quanto mais quero brilhar
Mais apagado pareço
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
DÁ-SE QUE É ASSIM
Que falta de sorte a minha
Ter de escrever à madrinha
No meu português foleiro
Mas dá-me jeito o dinheiro
As palavras são madrastas
Fogem-me para trás das rastas
E por lá brincam e dançam
Tanto que até me cansam
Nenhuma pousa na folha
Que para mim tão branca olha
E me diz: - Ó Benjamim
Falta tanto para o fim
Para mostrar boa atitude
Começo pela saúde
Oxalá passasse bem
Passasse quantos esses tem?
Ou serão cês de cedilha?
Esta língua só me quilha
Falo do Curso a seguir
Mas ter-lhe-ei de mentir
E esses hífenes vilões
Agravam-me as confusões
Será um ou serão dois?
Deixo isso para depois
Sobre o vestido de xita
Que há muito gastei a guita
Invento que já não há
Com agá ou sem agá?
Para o caso tanto dá
Que perceba é o que interessa
E que envie bem depressa
O sustento ao afilhado
Afilhado, tudo junto ou separado?
Despeço-me enfim com saudade
Do tamanho da habilidade
Que tenho para aldrabar
E por cá fico a mandriar
Esta vida de estudante
Tem coisas boas e más
Esqueço a escrita esgotante
E entorno uns copos em paz
Ter de escrever à madrinha
No meu português foleiro
Mas dá-me jeito o dinheiro
As palavras são madrastas
Fogem-me para trás das rastas
E por lá brincam e dançam
Tanto que até me cansam
Nenhuma pousa na folha
Que para mim tão branca olha
E me diz: - Ó Benjamim
Falta tanto para o fim
Para mostrar boa atitude
Começo pela saúde
Oxalá passasse bem
Passasse quantos esses tem?
Ou serão cês de cedilha?
Esta língua só me quilha
Falo do Curso a seguir
Mas ter-lhe-ei de mentir
E esses hífenes vilões
Agravam-me as confusões
Será um ou serão dois?
Deixo isso para depois
Sobre o vestido de xita
Que há muito gastei a guita
Invento que já não há
Com agá ou sem agá?
Para o caso tanto dá
Que perceba é o que interessa
E que envie bem depressa
O sustento ao afilhado
Afilhado, tudo junto ou separado?
Despeço-me enfim com saudade
Do tamanho da habilidade
Que tenho para aldrabar
E por cá fico a mandriar
Esta vida de estudante
Tem coisas boas e más
Esqueço a escrita esgotante
E entorno uns copos em paz
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