Tempestades, ciclones e tornados
Avalanches com efeitos desgraçados
Chovem notícias nas televisões
Metem mais água que as inundações
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
Há candidatos a querer boiar
Com promessas à medida de enganar
E há ondas gigantes de cartazes
Que fazem deles tudo bons rapazes
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
Os furacões são ferozes e brutais
O novo banco, a tap e outros que tais
Vai o dinheiro todo na enxurrada
Fica a miséria, não sobra mais nada
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
As gaivotas voaram para a cidade
Viram que outros vivem bem na sujidade
Voam contentes e descansadas
Roubam comida nas esplanadas
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
Os oceanos têm mais marés de lixo
A pandemia continua a espalhar o bicho
O céu, esse está menos azul
Porque aí vem o vendaval de cabul
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
Muitos trabalham de sol a sol
Para aquecer os bolsos do futebol
Há quem lhe chame o efeito estufa
Mas cá para mim é mais o paga e não bufa
Ai a calota polar está a sumir
E eu nem sei para onde é que posso fugir
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