quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PONTO DE AMOR


Era uma vez um ponto apaixonado. Por uma virgula que andava um passo adiantado. E o ponto, coitado, corria como podia mas no fim de cada frase era travado. A vírgula, essa seguia e fingia que não o via, desolado. Um dia o ponto quase lhe tocou mas, no último instante, a linha mudou e a vírgula foi por diante. Caiu de amores redondo o pobre ponto, sentiu-se tonto, já nem ouvia se alguém dizia ponto. Então, a vírgula rendida voltou atrás para o abraçar. Num abraço para a vida. E foi assim que a história do ponto findou de um modo original; com ponto e vírgula em vez de ponto final

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