Os conhecimentos sobre o coronavírus são ainda incipientes mas, tomando por base as medidas adoptadas pelo poder político é possível definir-lhe um perfil provisório. Trata-se de um vírus cuja perigosidade se manifesta especialmente em Março, Abril e Maio perdendo força no verão, período em que o turismo de massas se revela um antídoto eficaz. Verifica-se, aliás, que o vírus oriundo de países habitualmente consumidores de férias em Portugal, sobretudo os das ilhas britânicas, é totalmente inofensivo em território nacional embora, por razões ainda não apuradas, a inversa não seja verdadeira. Pode perceber-se que é avesso ao Sol e à festa brava não se propagando em praias nem em praças de touros. Mostra-se igualmente inócuo em santuários como o de Fátima, admitindo-se a possibilidade do vírus ser devoto de nossa senhora. Pelo contrário, assume-se um predador voraz nas festas realizadas em quintas, sobretudo se tiverem nomes começados pela letra A e se localizadas na margem sul dos rios. É também especialmente perigoso em ajuntamentos de mais de 10 pessoas deixando, inexplicavelmente, de o ser se os ajuntamentos se verificarem dentro de transportes públicos.
De todos as estirpes conhecidas a que reveste maior risco de contágio é a que se transmite não pelo contacto físico mas através da comunicação social. Falar de forma incontinente, dizer tudo e o seu contrário ou ter acessos súbitos de preocupação com sem abrigos são os sintomas mais comuns de contaminação podendo, em certos casos, provocar impulsos para mergulhos no mar ou para inclusões em comissões de honra.
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