quarta-feira, 24 de outubro de 2018
RAP IMBA
Boas a todos, mother fuckers,
O meu nome é TC PAMPY SERRA e sou rapper. Subi a corda a pulso. Comecei por ser um mother fucker dum trolha, mas já nessa altura sentia o bichinho da música ao dependuro em mim. Podem dizer que uma coisa não tem a ver com a outra mas tem. As minhas primeiras músicas estavam cheiinhas de ritmo, porque foram feitas a martelar e a chapar massa. As letras eram inspiradas nas conversas dos mother fuckers dos meus colegas. Eram letras de intervenção, muito à base de bagaço, putedo e futebol. Mais tarde conheci uma mother fucker duma garina bastante dada à gota e ao convívio. Sobretudo ao convívio apertado, que a cama dela era de solteiro. Até lhe fiz um rap, que começava assim:
Yo, Yo, tásse bem
Mulher não sei a quem sais
Deixas-me sempre arrasado
Tu queres que eu martele mais
Que o meu próprio encarregado
O convívio foi de tal maneira que passado pouco tempo tive de lhe fazer outro rap, que começava assim:
Yo, Yo, tásse bem
Isto de dar tanta queca
E de beber tanto vinho
Pôs-me num instante careca
Que já uso capachinho
Estava todo lançado para ter uma mother fucker duma carreira, quando se deu o descalabro. A garina nagou-se e a mim deu-se-me uma grande pontada. Na vontade de andar nas obras. Resultado, perdi as fontes de inspiração e tive de pedir uns apontamentos emprestados. São todos sobre o mother fucker do amor, mas antes isso que as obras.
Yo, Yo, tásse bem
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