CU DA EUROPA

EFE DE QUÊ?

BOA VIAGEM? PARA ONDE?

Não, não é um pesadelo, estamos acordados e estamos em Portugal. O Estado desistiu de cobrar milhões à brisa (que já foi pública, lembram-se?) e agora foi condenado a pagar milhões à brisa por não ter construído ou autorizado a construção. É obra.

DÉFICIT DE SERIEDADE

Temos a energia e os combustíveis entre os mais caros da Europa, temos a carga fiscal mais elevada das últimas décadas, temos mais uma pesada factura pela gestão danosa da banca. Indiferente, costa vai batendo palmas a si próprio, ao ritmo dos beijos repenicados do presidente.
Quais serão os próximos impostos que o centeno vai aumentar para manter esta farsa?

FOSSABOOK

É LIMPINHO

Nesta ânsia de roçar
Que a multa custa dinheiro
Não se pára para pensar
Roça-se até o pinheiro

FOTO DE FAMÍLIA

Hoje merecem ser lembrados os que nas últimas décadas nos desgovernaram. Os responsáveis pelas desastrosas privatizações que encheram os bolsos de poucos à custa da pobreza de muitos, os que transformaram o direito ao trabalho numa obscena escravatura, os que criaram as condições para fazer de Portugal um antro de corrupção. Amanhã também. E sempre.

HERÓIS DO ROÇAR, NOBRE POVO

- Ò mãezinha, fui limpar mato e agora vendo ao desbarato
- Ò meu filho, vendes o quê?
- Três sofás que estavam na bouça mais uma máquina de lavar louça

É SÓ ALDRABÕES

- Acha que me fica grande? O amigo cigano que mo vendeu garantiu que era o meu número

ROÇA, ROÇA

Vazio ficou belém
E vazio ficou o rato
Quiseram fazer o bem
Foram todos roçar mato

Nada há para admirar
Que não é ofício novo
Nesta arte do roçar
Há muito roçam o povo

SÓ PARA TIRAR UMA DÚVIDA

Nosso senhor foi crucificado porque roubou um penalty a quem?

PROVÉRBIOS BIPOLARES

Com a verdade me esganas

De pequenino se distorce o pepino

A reunião faz a farsa

De boas inundações está o inverno cheio

A cabelo dado não se olha o pente

ACEITAM-SE LEGENDAS

DIA DO FILHO

- Feliz dia do pai, pai
- Foi ontem o dia do pai, filho
- Então hoje já não és pai?
- Hoje já não é dia do pai, filho
- Mas dia do pai não é quando um filho quiser, pai?
- Pois é, para um pai é sempre dia do filho, filho
- Então dá-me aquele iPad, pai
- Ò filho, és um bom filho da mãe.

FALACIANO

- Venha, sr dr, venha, agora destroce, mais, mais, ok está bom sr dr. Uma moedinha, sr dr
- Ò homem por que é que me trata por dr?
- Ò sr dr não me diga que não é dr?
- Não sou dr
- Nem visitor?
- Nem visitor
- Nem mete kms?
- Nem meto kms
- Então deves ter um lindo curriculum, deves.

PERGUNTAS NA ALGIBEIRA

Quando Jerónimo meteu a placa, passamos a ter a dentadura do proletariado?

Se um político confunde bailado com tourada, também poderá confundir Assembleia com Campo Pequeno?

Se o dia das mentiras é no primeiro de abril, por que é que o secretário geral de um partido apresentou o curriculum antes?

VIDAS

- É pá, eu só trabalho
- E então?
- Então, falta-me tempo e sobra-me vida
- Olha, eu estou reformado
- E então?
- Então, falta-me vida e sobra-me tempo.

SUCESSO ABCESSO

Queres abraçar o sucesso
É fácil e nem demora
Faz aquilo que te peço
E ficas famoso na hora

Aparas as sobrancelhas
Usas rabo de cavalo
Pões três brincos nas orelhas
E compões um ar de galo

Se não tens voz, não faz mal
O que importa é ter imagem
Finge que és imortal
E deixa ver a tatuagem

É DE ARRASAR

- O que é para ti importante na vida?
- É pá, deixar o meu perfume no elevador
- E para ti?
- Ter um corpo escultural, sem ponta de gordura
- E para ti?
- Andar sempre a favor do vento para não estragar o penteado 
- E para ti?
- Ser feliz
- Olha-me este, armado em filósofo.

DE CALÇADEIRA

- Bom dia, quero um par de sapatos
- Tenho estes bons para quem ainda gasta meias solas
- Não
- Tenho aqui estes para fazer gato sapato
- Não
- Então e estes para andar em bicos de pés?
- O que quero é uns que sejam confortáveis
- Sapatos por medida?
- Não. Sapatos de defunto.

QUAL IDADE DE VIDA

- Bom dia, queria comprar uma vida
- Pretende uma vida boa ou uma boa vida?
- Qual é a diferença?
- Uma vida boa obriga-o a trabalhar para ganhar a vida
- E a boa vida?
- Ganha a vida à custa da vida dos outros
- Inclino-me para a boa vida. Quanto custa?
- É barato. Temos em promoção a vida política.

FORA DO JOGO

A bola não é importante
Nem é preciso relvado
Futebol duro e possante
Joga-se agora sentado

Penalty, falta, expulsão
Há roubo por todo o lado
Mas por trás da discussão
Só o povo é que é roubado

BENFICRISTAS

- Ò mãezinha, um sr. presidente disse ontem que acabou a paródia
- Ò filho, então por que é que a sra. dra. cristas anda para aí a dizer que vai ser primeira ministra?

MAU TEMPO

Agora é a tempestade félix. Depois da tempestade salgado, da tempestade sócrates, da tempestade siresp, da tempestade panteão, da tempestade toupeira, ainda temos mais esta. Raios os partam!

EU, EU e SÓ EU

Há cada vez mais corcundas em Portugal. É o que faz passar a vida a olhar para o umbigo

CÃOQUISTAS

AUSTERA IDADE

Uma velha loira, com cabelos compridos, de costas e ao longe, pode parecer uma rapariga casadoira. Os políticos portugueses tratam de pôr a velha cada vez mais longe para manterem metade da população entusiasmada e a outra metade curiosa.

É A FEBRE

Sempre que recebo a factura da luz sinto tremuras. Sempre que recebo uma notificação das finanças sinto arrepios. Sempre que saio de carro fico congestionado. Sempre que leio notícias fico com a cabeça a estalar. Pergunto: ser português dá gripe, não?

RESTAURA CÃO

- Ò mãezinha, o dick anda há mais de 2 horas com um palito no canto da boca
- Ò filho, sou eu que o estou a treinar para quando o levarmos ao restaurante

"Putin anuncia míssil nuclear capaz de atingir qualquer país"

DECÊNCIA NA DOCÊNCIA?

- Ò sr. dr. estou tão nervoso
- Ò homem, isto é uma simples operação ao coração
- E o sr. dr. tem experiência?
- Experiência? Ò homem, fui primeiro ministro

OS PASSOS DO PASSOS

LIÇÕES DO COELHO

- Quantos são 2+1?
- São 3, sr. professor universitário
- Não, é zero
- Zero, sr. professor universitário?
- Sim. 2 de lucro + 1 imposto dá zero

É UMA BELEZA

Foi o sonho perfeito
Que sempre quis
Levantou o peito
Até ao nariz
Da mesma assentada
Tirou pés de galinha
Mais a papada
E a barriga que tinha
Branqueou os dentes
Pô-los fluorescentes
Tanto deu na vista
Que veio o assédio
Fez-se feminista
Não teve outro remédio